11/08/2015

Entrevista: Luiz Pedro fala sobre pré-candidatura a prefeito de Mata Grande

Jovem respondeu a provocações do grupo governista e avaliou situação política do município

Ítallo TimóteoO diretor-presidente do Instituto de Metrologia e Qualidade de Alagoas (INMEQ/AL), Luiz Pedro Brandão (PMDB), concedeu entrevista ao portalMinuto Sertão, nesta segunda-feira (10), e falou sobre a intenção de disputar ao cargo de prefeito de Mata Grande, nas eleições do ano que vem.
O jovem respondeu as provocações do grupo governista, liderado pelo prefeito Jacob Brandão (PP), avaliou a situação política do município e adiantou algumas mudanças que fará, caso seja eleito.
Confira a entrevista na integra
O grupo do atual prefeito fala também que você não tem competência para ser prefeito. O que você acha?
Todas as oportunidades que tive para mostrar meu potencial eu as cumpri. Seja nos estudos, onde me formei no colegial sem que houvesse repetência ou algo do tipo, até em meu curso de graduação em Direito, que procuro conciliar com os trabalhos e tarefas que possuo.
Comprovo minha competência também nos cargos públicos que passei. Em 2 anos como secretário de educação de Canapi, o município teve a melhor educação do sertão de Alagoas, estando entre as 10 melhores do estado.
Atualmente, estou como diretor-presidente do Inmeq de nosso estado, que está posto de segundo lugar dos órgãos mais atuantes do Brasil, quando comparado aos mesmos órgãos dos outros estados. Acredito que possuo plena competência e capacidade para qualquer desafio que possa surgir, assim como prefeito do município de Mata Grande.
Como você avalia sua situação política em Mata Grande?
Em constante crescimento. Digo isto não baseado em pesquisas ou algo do tipo, mas pelo carinho e apoio que venho recebendo dos amigos e familiares de nossa cidade. De pessoas que querem conversar, ouvir e serem ouvidas, ajudar e serem ajudadas. Daqueles que estão abraçando uma causa justa que visa o bem de todos.
Aproveito o espaço para agradecer esta força. Seja nas redes sociais, nas ruas, e até mesmo dos tantos amigos que possuo em Mata Grande.
Eles, seus adversários políticos, dizem que você não tem estrutura política para competir em 2016. É verdade?
Tenho ao meu lado vereadores, vários candidatos a vereadores, ex-prefeitos da cidade de Mata Grande e familiares de forte influência que possuem história na política do município. Conto ainda com apoio de políticos do poder legislativo como, por exemplo, os amigos Isnaldinho Bulhões, Marx Beltrão e o total apoio do governador Renan Filho.
Além de tudo isto, tenho a principal estrutura que um político necessita, que é o apoio do povo de Mata Grande. Uma população que a cada dia mostra sua força nas ruas e seu desejo de mudança. Acredito que não poderia ter uma estrutura política melhor do que a que possuo hoje.
Você está usando a influência política de seu pai?
Acredito que devemos sempre ouvir e respeitar aqueles que têm algo de bom para nos mostrar. Meu pai é um dos maiores articuladores políticos de nosso estado. Um homem que tem inúmeros amigos, todas essas amizades conquistadas e mantidas até hoje pelo respeito aos companheiros da região e por todos que o conhecem. Não tenho dúvidas que sua influência política, junto com a minha juventude e meus novos pensamentos em fazer política, podem trazer grandes resultados.
Já existe um vice pré-definido?
Devemos primeiro nos preocupar em fazer com que o nosso movimento, do povo e de oposição, cresça a cada dia, para que, assim, criemos ainda mais forças contra a política que estraga Mata Grande. A definição de vice virá na hora certa e será um nome que surgirá para somar ainda mais em nosso grupo.
Você trabalha em Maceió, no Inmeq. Se eleito irá residir em Mata Grande?
Em todas as minhas gestões, priorizo a presença física em suas sedes e cidades. Hoje estou presente diariamente na sede do órgão. Quando respondia pela pasta de educação de Canapi estava, toda semana, na secretaria atendendo à todos, professores, alunos e amigos de governo. Se eleito prefeito por Mata Grande, sim, estarei presente firmemente na sede da prefeitura e residirei na cidade.
Como você avalia a gestão nos dois anos de mandato de Jacob?
A cidade de Mata grande hoje é órfã de prefeitura. É inadmissível um município que recebe os recursos que está recebendo e não vermos uma pedra sendo batida no chão. Por todos os povoados que ando vejo estradas esburacadas, moradores rurais totalmente isolados, sem nenhum apoio do governo municipal.
Pior ainda é ver uma cidade com tanto potencial de crescimento ter uma população carente abandonada. A saúde com um hospital que não funciona. A educação que não atinge os índices básicos necessários para um município. Não tenho como avaliar algo em que nada foi feito.
O que você acha dos nomes que já foram ventilados como supostos sucessores de Jacob?
Eu acho o mesmo que a população de Mata Grande está clamando. São nomes de sucessores que não representam o que o povo pede, que é a mudança tanto exigida, com pessoas novas, com novas mentalidades. Esses possíveis sucessores fogem totalmente destes temas. Tenho plena convicção que nada, da parte do grupo político deles, anterior ou sucessor, transparece o que o povo matagrandense deseja e precisa.
Todos sabem que você tem o apoio incondicional de Celso Luiz, seu pai. Se for eleito, qual seria a influência dele em sua governabilidade?
Eu possuo meus conceitos e pensamentos quanto à administração pública, à gestão pública e à política. Sempre converso com meu pai e respeito sua história política e suas opiniões. Mas, em todas as minhas gestões, ponho em prática as minhas filosofias e minhas conclusões, o meu modo de gestão, respeitando apenas as opiniões e conselhos externos que venham somar.
Que experiência o Inmeq lhe deu como administrador?
Sai de uma secretaria de educação, que já é um órgão com grandes responsabilidades, e fui para o Inmeq, um órgão muito maior proporcionalmente, já que estamos falando de todo o estado de Alagoas. Aprendi ainda mais sobre gestão pública e como administrar o dinheiro público.
Todos nós sabemos que o país está passando por uma crise. O Inmeq foi afetado por ela e sofremos cortes de 30% dos recursos. Foi necessário encontrarmos saídas para não pararmos o órgão e manter as fiscalizações nas ruas.
Hoje nós estamos superando a crise. Crescemos cerca de 6% na operação de serviço comparado ao ano passado, mesmo com essa forte crise existente, sem haver demissão de funcionários ou qualquer prejuízo ao órgão. No Inmeq eu aprendi que tudo é gestão, que com uma boa administração podemos superar limites e alcançar metas.
Existe alguma possibilidade de você desistir de concorrer ao cargo de prefeito de Mata Grande?
Meu objetivo é trazer uma nova esperança. Ser o sentimento de mudança tão desejado em Mata Grande. Quero ser essa pessoa. Um espelho do sentimento que cada matagrandense estará trazendo para a próxima eleição. E, pode ter certeza, até conquistar isso, eu não irei parar ou desistir.
Você é do mesmo partido do governador. Isso significa que ele vai lhe apoiar em Mata Grande?
Não só sou do mesmo partido do governador, como também estou gestor em seu governo. Sim, tenho total apoio do Renan Filho (PMDB), e o meu cargo transparece a confiança que ele depositou em minha pessoa.
O grupo do prefeito Jacob Brandão faz pré-campanha informando que você é forasteiro no município. Como você está lhe dando com isso?
Nunca precisei comprovar nada sobre a minha origem. Jamais escondi e tenho orgulho de falar. Mas, alguns para denegrir-me, levantam tal questionamento. Nasci em Santana do Ipanema, pois na região de Mata Grande, Inhapi e Canapi não disponibilizavam o necessário para um parto tranquilo. Fui criado nestas três cidades, já que minha grande família migra entre elas. Devido aos estudos e ao trabalho, fui morar em Maceió. Mas, sempre quando podia estava com meus avós, tios, primos e amigos em nossa região.
Meu tio Gilberto foi prefeito de Mata Grande e eu tive a oportunidade de conhecer sobre a política da cidade desde aquela época. Subia e descia as ladeiras de Mata Grande brincando, ou para fazer um lanche na praça. Sempre gostei da igreja azulada da cidade, que escutava os sinos batendo pela manhã, já que minha tia morava ao lado dela e também da cadeia pública que tanto me assustava quando mais jovem.
Enfim, de minha história sei eu e todos que me conhecem. Como sabem também que sou matagrandense com muito orgulho.
Quais seriam suas principais mudanças, caso fosse eleito prefeito?

Trazer a confiança e o orgulho para os cidadãos de Mata Grande, que está frustrado com o atual governo. Precisamos de uma nova forma de gestão. Uma gestão transparente, sem mentiras, sem vaidades, que não apenas fale e imponha ordens, mas que também escute a população e reconheça suas necessidades.
Fazer uma administração voltada para todas as classes sociais, não havendo apenas benefício individual e partidário, desenvolvendo desde o agricultor da zona rural ao comerciante. Usar o dinheiro público de forma correta. Direcionar devidamente as verbas de cada área, tendo como foco a saúde e a educação, fatores que são primordiais para a vida das pessoas e para o desenvolvimento de qualquer município.
Ter um governo que funcione, voltado ao povo, pois é para isso que serve uma prefeitura, para desenvolver um trabalho justo. Esses são apenas alguns dos meus pensamentos que já coloquei e coloco em ação nos setores em que trabalho. Sendo apenas um pouco do muito que ainda tenho a mostrar.
Fonate: Minuto Sertão