
Matéria foi publicada no Site Repórter Alagoas pelo jornalista Odilon Rios.
A troca de
acusações entre os dois líderes da quadrilha que desviou R$ 300 milhões
da folha de pagamento da Assembleia Legislativa assusta quem mora no
sertão de Alagoas. E conteúdo de duas notas divulgadas na imprensa- do
vice-presidente da Assembleia, deputado Antônio Albuquerque (PT do B) e
do prefeito de Canapi, Celso Luiz (PMDB)- mostra o tom virulento e quase
uma declaração de guerra entre ambos.
O histórico de
violência envolvendo AA e Celso Luiz pode ir além das palavras. Veja as
duas notas divulgadas por ambos. A primeira foi publicada no facebook da
Prefeitura de Canapi. Celso chama AA de “cara lisa”; a outra , de AA,
foi distribuída para a imprensa e classifica Celso de “coronel”:
Reagindo em defesa das famílias e do povo do sertão contra pistoleiros de aventuras.
Adversários dos
meus adversários se unem como animais vomitando agressões contra a
nossa administração. Isso não me assusta, pois estou acostumado a
enfrentar desafios e a trabalhar para beneficiar o povo da minha região.
Esse tem sido o meu papel na política e todos sabem disso.
O que faço com
qualquer um é discutir os resultados da administração municipal. Para
isso basta qualquer simples comparação entre as obras que tenho
realizado em Canapi, em apenas nove meses de mandato, contra os cinco
anos de Jacob Brandão em Mata Grande, que nada fez nada faz e nada irá
fazer para ajudar o povo.
No ano passado,
durante as eleições, o deputado Antônio Albuquerque chamou Jacob
Brandão de ladrão e maloqueiro. Quem será que está certo? Será o
deputado, ou Jacob não é ladrão e maloqueiro?
Gostaria que
eles explicassem porque o deputado está com Jacob e Hélio se até o ano
passado estava com Fernando Lou!!!!!! O certo é que o deputado foi
votado em Mata Grande em 2010, pela oposição ao ex-prefeito Hélio
Brandão.
Agora o
parlamentar está traindo esse povo. É uma cara lisa que não tem nenhuma
história de trabalho. Mas tem uma imensa história de violência, de
truculência, deveria estar cuidando da cidade dele (Limoeiro de Anadia),
mas o povo não quer nem vê-lo por perto, tanto que foi derrotado nas
duas últimas eleições. Portanto, não tem serviços prestados em Canapi,
Mata Grande e Inhapi.
Eu, Tenorinho
Malta, nossos amigos e aliados vamos disputar a eleição do ano que vem e
depois teremos candidatos em Canapi, no Inhapi, na Mata Grande e em
Joaquim Gomes, dentre outras cidades.
Para finalizar,
que o povo, que os nossos amigos e aliados fiquem tranquilos. Vamos
lutar e trabalhar para que os falsos e traidores, os que tentam vencer
pela força e pela intimidação sejam derrotados.
Celso Luiz
O “coronel” decadente, a agressão e a ilegalidade
Ao estilo dos
decadentes ”coronéis” do Sertão, que tanto atraso e violência produziram
ao longo dos tempos, o atual prefeito de Canapi, ao tomar conhecimento
de minha presença na região, numa reunião democrática e transparente,
realizada em ambiente público e na companhia de reconhecidos líderes
sertanejos, como o prefeito de Mata Grande, Jacob Brandão, e seu pai,
Hélio Brandão, resolveu cometer dois graves atos: um de violência e
truculência contra mim e outro de ilegalidade e de afronta às
instituições à Canapi e ao povo.
O prefeito
Celso Luiz , ao me agredir, resolveu misturar o público com o privado:
utilizou a página oficial do município no Facebook
(www.facebook.com/pre.decanapi/posts/209505655892079), um poderoso
instrumento de comunicação dos novos tempos, que deveria estar a serviço
do interesse público, para cometer abuso de poder e, ao mesmo tempo,
agredir-me, através de nota oficial e termos que não condizem a um chefe
de municipalidade.
Esse episódio
deve suscitar o interesse dos órgãos de fiscalização, inclusive do
Ministério Público Eleitoral, porque o prefeito de Canapi utiliza
instrumentos pertencentes à cidade para fazer campanha eleitoral e
trombetear supostas vantagens eleitoreiras. A virulência das palavras
proferidas jamais me intimidará.
Continuarei a
Visitar o Alto Sertão alagoano e qualquer outra localidade do meu
Estado, na condição de cidadão ou de parlamentar, sobretudo atendendo a
convites gentis e sinceros de lideranças políticas e comunitárias, que
graças a Deus, são frequentes e honrosos. A reação do prefeito foi ato
desproporcional e sugere certo desespero, o que deve preocupar, sim, as
autoridades competentes encarregadas de fiscalizar a correta aplicação
do bem público.
Antônio Albuquerque
Deputado