01/06/2013

Polícia investiga morte de acusado de estupro na Casa de Custódia

Família suspeita de assassinato, mas polícia e perícia ainda não concluíram apuração

Foto: 3º BPM
Wedson de Lima Fernandes morreu após passar mal dentro da detenção e chegou a ir para hospital
Wedson de Lima Fernandes morreu após passar mal dentro da detenção e chegou a ir para hospital
A Polícia Civil já solicitou ao Instituto Médico Legal a perícia do corpo de Wedson de Lima Fernandes, 26, en­contrado morto na Casa de Custódia de Arapiraca na noite de quarta-feira. De acordo com a delegada Ma­ria José Ferreira, que esta­va de plantão naquele dia, o Instituto de Criminalística não encontrou vestígios que caracterizassem morte por espancamento.

Wedson - que estava sob custódia por ter estuprado a enteada de três anos de idade no dia 17 – teria recla­mado de dores abdominais e chegou a ser levado para o Hospital Regional que fica na cidade. Por telefone, o atendimento do Hospital confirmou a entrada dele no ambulatório, porém não pôde informar os motivos que o levaram à emergência.

Segundo a plantonis­ta, que também esteve na Casa de Custódia, o óbito foi constatado por uma mé­dica do Serviço de Atendi­mento Móvel de Urgência (Samu) por volta das 22 horas. “Aparentemente não tinha sinal de espancamen­to nem nada. Agora vamos aguardar o exame do corpo de delito, que já foi solicita­do. O Instituto de Crimina­lística esteve no local, já fez os procedimento iniciais, só falta o legista do IML para complementar. Mas de ante­mão, os peritos do IC disse­ram que não havia nada de estranho”, disse a delegada.

Contrários às declara­ções da polícia, os familia­res de Wedson disseram à imprensa local que a morte foi provocada por alguém de dentro da Casa de Custódia e, ainda, sob o consentimen­to dos policiais, que não o isolaram dos demais custo­diados.

À reportagem, a delega­da disse que as condições estruturais da carceragem da Casa de Custódia de Arapiraca não permitiriam que Wedson fosse mantido numa cela separada. Quan­do chegou ao local, Maria José teria constatado o cor­po no corredor.

“Estamos aguardando a perícia, pois só com o laudo do IML é que podemos ter uma conclusão do que foi que aconteceu. Por enquan­to não dá para a gente fazer nenhuma afirmativa”, lem­brou a delegada.