Gestor alega que município não tem condições financeiras para honrar o melhoramento salarial.

Conforme os profissionais, o aumento teria que ter sido concedido em
março deste ano, mas o prefeito havia alegado que ainda estava
organizando as finanças do município e que precisava de mais uns meses
para atender à solicitação da classe trabalhista.
O Sindicato dos Trabalhadores em Educação em Alagoas (Sinteal)
entendeu a situação alegada pelo gestor e deixou acordado com ele que a
reivindicação seria atendida em maio deste ano, o que não aconteceu.
A categoria voltou a cobrar o reajuste salarial, mas deste vez o
prefeito se negou a conceder. Diante da situação, o núcleo regional do
Sinteal realizou uma reunião e decidiu pela paralisação das atividades.
Na última sexta-feira (21) os servidores realizaram um ato público em
frente à prefeitura para tentar sensibilizar o chefe do executivo, mas
outra vez foram ignorados.
O prefeito Fabiano Ribeiro, mais conhecido como Doutor Fabiano, disse
na manhã desta quarta-feira (26), em uma rádio da cidade de Delmiro
Gouveia, que a categoria já retornou às atividades para fechar o
semestre, afim de entrar em recesso conforme programado no calendário
letivo.
O gestor alega que nunca se negou a conversar com classe trabalhista,
inclusive teria participado de quatro reuniões onde havia explicado que
o problema dele ter se negado a atender à reivindicação não era o
reajuste, mas a situação financeira em que o município se encontra.
Doutor Fabiano explica que sua decisão é uma medida preventiva para não
causar um caos financeiro nas outras áreas administrativas.
O prefeito não assegurou uma data para que pudesse conceder o
melhoramento salarial, mas adiantou que o município vai está realizando
estudos na área com o intuito de identificar uma disponibilidade
financeira suficiente para atender à categoria. Ribeiro acredita que
isto seja possível apenas em setembro deste ano.
Um dos representes do Sinteal no município esclareceu para nossa
reportagem que a decisão de interromper a paralisação foi para não
prejudicar os alunos no ano letivo e nem os servidores, principalmente
os professores no cumprimento de suas cargas horárias em sala de aula.
O sindicalista explica que as reivindicações continuam e que a classe
trabalhista pode propor uma nova greve para depois do recesso escolar,
inclusive no próximo domingo (30) vai ser realizado outro ato público
para cobrar o reajuste.
Nossa reportagem apurou que o diretório regional do Sinteal pretende
ingressar na Justiça com a solicitação de um Mandado de Segurança para
que o município cumpra a obrigação de conceder o reajuste garantido em
Lei.
Crédito: Alagoasnumclick/Minuto sertao