05/04/2018

Com salários abaixo do piso nacional, professores realizam ato em protesto contra a prefeita de Piranhas que se recusa a conceder reajuste salarial para a categoria.

Gestora chegou a contratar um economista para mostrar aos educadores que o município não tem condições financeiras de conceder reajuste aos docentes. 

Por: Redação
E a gestão que aparecia na mídia local e até mesmo na imprensa estadual como uma das melhores administrações do estado, tem se tornado a cada dia mais leniente e “mais do mesmo”. Como se já não bastasse às seguidas denuncias de irregularidades na saúde, nos transportes e na limpeza pública denunciadas pela Câmara de Vereadores do Município, agora o descaso é na EDUCAÇÃO, e o pior! Logo, nas “costas” do profissional que sem ele não se faria educação em lugar nenhum do mundo, o PROFESSOR.

Vamos aos fatos! Acontece que, na manhã desta quarta-feira (04), trabalhadores da educação municipal de Piranhas/AL, se reuniram no centro da cidade para a realização de um Ato Público (Assembléia Geral) para reivindicar a aplicação imediata da diferença do reajuste para equiparação do PISO NACIONAL DO MAGISTÉRIO PARA 2018 de R$ 1,81% (um vírgula oitenta e um por cento) uma vez que o reajuste salarial da categoria dado pelo Governo Federal para Janeiro de 2018 foi de 6,81%, mas que, porém, como no município o salário dos educadores já estava 5% acima do Piso Nacional, a prefeita Maristela havia se comprometido em conceder de reajuste para a categoria, o percentual restante, porém, o que era para ser concedido em Janeiro deste ano chegou em Abril e nenhuma satisfação havia sido dada a categoria, motivando assim a mobilização dos servidores. 

O ato contou com a presença da Diretora Sindical do Núcleo Alto Sertão do SINTEAL, Jacqueline que junto com a professora Lindinalva e todos os demais servidores, marcharam até a Câmara Municipal, onde foram recebidos pelos vereadores; Danilo, Zé Neto, Cleiton e o presidente Jota Luiz, os quais ao fazer uso da Tribuna, se colocaram a disposição dos servidores, instituindo inclusive, a pedido do presidente da casa, uma comissão para que em seu gabinete os representantes pudessem esclarecer melhor a situação frente ao Setor Jurídico da Câmara, que de pronto, assegurou que o município tem por obrigação reajustar os salários dos educadores integralmente, ou seja, no percentual de 6,81% determinado pelo Governo Federal e não apenas em 1,81% somente porque anterior ao reajuste já recebiam 5% acima do piso. Isso deve acontecer segundo os advogados porque os servidores estariam resguardados pela Lei Municipal nº 217 aprovada pelos vereadores e sancionada pela atual prefeita Maristela em 23 de Março de 2017.

Segundo a direção do Núcleo Sertão do SINTEAL, o ato, não foi uma surpresa, já que o SINTEAL havia enviado um ofício informando os valores e ao mesmo tempo solicitando uma reunião com a Gestão, que optou por protelar ao máximo enquanto o Sindicato dos Trabalhadores insistia, até que finalmente foi marcada uma reunião com representantes da Gestão municipal, Diretores Sindicais e membros da comissão da categoria, mas para frustração de todos, à prefeitura havia contratado um economista com a missão de mostrar aos servidores que a prefeitura não tem condições alguma de conceder para a categoria nenhum percentual de reajuste.

“É lamentável o município está com duas professoras, uma a frente da Gestão da Educação e a outra na Gestão Municipal permitirem que a educação de Piranhas chegue a tão grande defasagem salarial, fato que há 10 anos não acontece” – Lamentou a professor Ednalva.

“Desconheço o tempo em que nós profissionais da educação fomos tratados com tanto descaso” – Concluiu.

Ainda de acordo com o SINTEAL, há mais de dez anos o município de Piranhas vinha pagando aos Profissionais da Educação 10% (dez por cento) acima do Piso Nacional em respeito ao PCCR da categoria, porém no ano de 2016 houve um retrocesso para somente 5% (cinco por cento), acima do Piso, situação que se repetiu em 2017. 

E é por essas e outras razões que a categoria decidiu que irá marcar uma nova Assembléia Geral para iniciar uma agenda de luta contra os descasos do governo da prefeita Maristela para com os profissionais da educação.