20/07/2021

Prefeitura de Mata Grande terá que transferir folha de pagamento e demais negócios para a Caixa se quiser garantir a abertura da agência.

 

“Existem algumas agências que só poderão ser abertas se nós tivermos as condições negociais com as prefeituras. Se não, não há viabilidade econômica. Então, é muito importante que as prefeituras transfiram seus negócios para a Caixa”, afirmou Guimarães.

Por: Redação com Poder360 

A notícia de que o município de Mata Grande foi contemplado com uma nova agência da Caixa Econômica Federal deixou toda população do município e região em estado de êxtase por saber que em breve não precisarão se deslocar para os municípios de Delmiro Gouveia e ou Santana do Ipanema para fazer uso dos serviços ofertados pelas agências cada vez mais superlotadas. 

O plano de expansão da rede de atendimento da Caixa prevê a abertura de 168 unidades de varejo e 100 agências voltadas ao produtor rural, em 258 cidades de todos os estados brasileiros. 

Caixa Econômica Federal pretende abrir 268 novas agências em 2021. Porém, cobra uma série de contrapartidas dos prefeitos para seguir com o plano em 46 cidades que têm de 20 mil a 40 mil habitantes, como é o caso do município alagoano. 

O projeto foi apresentado nesta terça-feira (20) pelo presidente do banco, Pedro Guimarães“Estamos expandindo as agências de um modo pesquisado, matemático e social”, afirmou o executivo, em live. 

Ele disse que o objetivo da Caixa é estar presente em todas as cidades que têm mais de 40 mil habitantes, nos grandes bairros que têm alta demanda por serviços financeiros e nas regiões em que há potencial para o incremento dos negócios. 

Além disso, a Caixa prevê a expansão em regiões desassistidas, que não têm agências bancárias e muitas vezes são alvos dos programas sociais do governo. Por isso, o Nordeste será o principal beneficiado pela expansão, com 84 agências. 

Segundo Guimarães, a Caixa será o 1º banco de 118 cidades. Ele disse, no entanto, que precisa de contrapartidas para manter o plano em 46 municípios que têm de 20 mil a 40 mil habitantes. Segundo o executivo, esses locais não têm “viabilidade matemática” e entram no lado social do plano de expansão. 

“Existem algumas agências que só poderão ser abertas se nós tivermos as condições negociais com as prefeituras. Se não, não há viabilidade econômica. Então, é muito importante que as prefeituras transfiram seus negócios para a Caixa”, afirmou Guimarães. 

Entre as condições que serão cobradas pela Caixa, estão à transferência da folha de pagamento das prefeituras para o banco, a cessão não onerosa de espaço físico de 150 a 250 metros quadrados e a centralização dos convênios de arrecadação e cobrança dos tributos.