27/05/2024

| INAJÁ/PE | Após decretar situação de emergência no município, prefeito pretendia gastar R$: 3,2 milhões de reais somente com estrutura de festa.

 


Justiça mandou suspender pagamentos sob multa de R$: 05 mil reais por dia de descumprimento em desfavor do prefeito Marcelo de Alberto. 

Por Redação 

Ruas às escuras, escolas abandonadas na zona rural, município em estado de calamidade decretado pelo prefeito e uma festa com uma estrutura milionária montada fora da praça de eventos da cidade. Esse é o cenário que vem causando revolta nos moradores da cidade de Inajá, localizada no sertão do Estado de Pernambuco. 

O município é administrado pelo prefeito Marcelo de Alberto (PSD) que pretende gastar somente com a estrutura de palco e som, mais de R$: 3,2 milhões de reais, apesar de no centro da cidade existir uma praça de eventos feita exclusivamente para esta finalidade.



Todavia, se há quem considere que os problemas relatados no início desta reportagem não sejam graves o suficiente, o que dizer então de um decreto de  situação de emergência em decorrência da estiagem assinado pelo próprio prefeito Marcelo de Alberto no dia 08 de Maio de 2024 e publicado no dia seguinte no Diário Oficial dos Municípios do Estado de Pernambuco? Pois bem; apesar do decreto, o gestor não  poupou na destinação de recursos para a realização das festividades do Padroeiro Santo Antônio, mais especificamente na estrutura para realização do evento. Um gasto quase 5x maior do que os R$: 710 mil reais do extrato publicado para a mesma festa e com a mesma finalidade em 2023.




Por essas e outras razões o Tribunal de Justiça de Pernambuco através da Vara Única da Comarca de Inajá, determinou a suspensão do processo administrativo impugnado e a abstenção de qualquer pagamento pelo município até que seja apreciada integralmente a tutela provisória requerida, sob multa diária de R$: 05 mil reais em desfavor do prefeito Marcelo de Alberto limitado até o valor da contratação se praticado qualquer continuidade do processo administrativo impugnado.



Nossa equipe de redação entrou em contato com a gestão, mas os agentes públicos contactados não quiseram responder aos nossos questionamentos. Também não há nas páginas oficiais da prefeitura nas redes sociais até o fechamento desta reportagem, nenhuma nota sobre a decisão Judicial que mandou suspender o pagamento da estrutura da festa.