“Tudo é possível ao que crê”
Jesus Cristo
A lei da atração é uma vertente de pensamento psicológica que
arquiteta suas diretrizes numa perspectiva motivacional. Uma dentre tantas
teorias de autoajuda e que visa desempenha a positividade nas pessoas de uma
forma geral. Catharine Ponder reflete que “a mente é um imã e atrai o que quer
que corresponda ao seu estado dominante”. Em contrapartida Dr. Raymond
Holliwell irá afirmar que “O mais leve pensamento de inteligência aciona um
poder na Lei para produzir algo correspondente”. Em total concernência Brian
Tracy infere que “qualquer coisa em que você se concentre em nível consciente
se manifesta em sua experiência”.
A perspectiva desses autores
embora impelidos por um conceito mais comercial da lei da atração reflete com
notoriedade a força atracional do pensamento. E é esse ponto em singular que
importa a finalidade dessa explanação. Assim sendo, extrairmos da lei da
atração o seu melhor e mais significativo conceito: a força atracional do
pensamento. O pensamento visto como um poderoso imã de conectividade, de
atração e de magnetismo.Afirma Gary Zukav que cada
personalidade atrai para si personalidades com a frequência de consciência. A
frequência de raiva atrai a frequência de raiva, a frequência de ganância atrai
a ganância e assim por diante. Essa é a lei da atração. Negatividade atrai
negatividade, assim como amor atrai amor. Portanto, o mundo de uma pessoa com
raiva é cheio de pessoas com raiva, o mundo de pessoas gananciosas é cheio de
pessoas gananciosas e o mundo de uma pessoa amorosa é cheio de pessoas amorosas.
São elementos teóricos mais empíricos que
científicos, outrossim, toda ciência nasce do empirismo e se faz importante
relacionar a teoria do ICS com as principais ideias levantadas na
contemporaneidade a despeito do funcionamento da mente. Desta feita, quais
seriam, pois, as relações existentes entre estas concepções da mente? Onde
estabelecem diálogo e por quais razões se interligam? É o que tentaremos
explicar.
Aqui cabe uma breve explanação
sobre a lei da atração universal. Esta sendo vista e entendida, para fins desta
análise, enquanto elemento natural e inerente a pessoa humana e ao universo.
Numa visão física força condutora e organizadora dos corpos celestes, numa
visão psicológica como se fosse algo de idiossincrasia, de abstralidade
intencional. Contudo, é possível corroborar a atração universal como força ou
lei da natureza cientifica e amplamente provada. Cabendo explanar e indagar se
a lei da atração universal também não exerce influência sobre o pensamento,
sobre a hereditariedade. Isaac newton, com efeito, elaborou os trabalhos por
sobre a existência da atração entre corpos físicos e este provou de maneira
grandiosa a existência dessa força da natureza. De tal modo que o que
tentaremos expor é que tais elementos atracionais também exercem influência na
formação do pensamento e nas relações de hereditariedade que é a base motriz do
conceito de inconsciente coletivo superior.
A teoria de Isaac Newton dirá
restrito respeito ao que entendemos por atração entre os corpos físicos e os
corpos celestes e a maneira como esta lei universal exerce sua influência sobre
os mesmos. Newton nos oferta a compreensão não de leis, mas de uma única lei,
uma lei universal. Mas é possível relacionar esta lei como sendo também
condutora e influenciadora da formação do pensamento e consciência? Sobre a lei
da atração universal reflete Yoav Ben-Dov (BEN-DOV, 1996:38) que ao identificar a força de atração
universal à força de gravitação que age sobre um corpo na superfície da terra
Newton unificou sob uma mesma lei física o movimento dos planetas no céu e a
queda dos corpos na terra, completando assim a unificação dos domínios sublunar
e supralunar iniciada por Galileu.
Desta feita, averiguamos o
caráter universal da lei da atração. Única lei a reger as forças e os
movimentos dos corpos celestes. Outrossim, volta-se a citar Yoav (BEN-DOV,
apud. 37) ao proferir que “Newton postulou então que a força da atração que
havia descoberto unicamente no tocante aos planetas era uma propriedade geral e
que todos os corpos do universo se atraem mutuamente”.Pontos importantes para
compreender a atração enquanto força e lei da natureza. Mas quanto a esta propriedade
universal ela também irá exercer influência sobre a nossa hereditariedade e
formação do pensamento?Podemos entender a lei da atração universal enquanto
base fundamental para a formulação da respectiva teoria psicológica?
Podemos afiançar que sim. É
nessa perspectiva que Jesus Cristo irá proferir que “tudo é possível ao que crê”.
Assim sendo, a partir desta máxima crística averiguamos os primórdios da lei da
atração na perspectiva psicológica. Ao proferir que “tudo é possível ao que
crê” Cristo dialoga diretamente com os conceitos da lei da atração quando por
exemplo em “O mais leve pensamento de Inteligência aciona um poder na Lei para
produzir algo correspondente”e mais precisamente em “A mente é um imã e atrai o
que quer que corresponda ao seu estado dominante”. Poderíamos afirmar, a guisa
de conclusão, que a lei da atração ensina uma perspectiva científica sobre o
funcionamento da fé, por exemplo.
Se fará interessante observar
as abordagens quânticas a respeito da energia, da perspectiva enérgica do
universo, e que tais abordagens também podem ser aplicadas ao funcionamento do
nosso psiquismo. Não é uma pretensão filosófica. Mas uma suposição muito possível
de ser verdadeira. Aplicar os conceitos das teorias newtonianas sobretudo na
perspectiva da lei da atração universal é a maneira pela qual poderemos
explicitar em rigor científico a positividade e a fé, por exemplo. Dessa forma
o ponto de partida para a compreensão dos fatores de influência averiguadas na
ação da lei da atração na configuração do pensamento reside na própria
positividade ou negatividade imposta ao mesmo. Avançamos.
Com efeito, a hipótese do
inconsciente coletivo superior reflete sobre a nossa hereditariedade universal.
Preponderando-se o reservatório dessa hereditariedade. A mais profunda camada
da nossa mente e que contém os registros formadores do nosso psiquismo,
expandindo, pois, a essa formação uma anterioridade que a conecta a história do
universo. Como bem frisou Carl Sagan “somos poeira das estrelas” e, desta
feita, delas somos tributários, hereditários, herdeiros. Sobre a hipótese do
inconsciente coletivo superior irá se supor que (FELIPE, Cícero. 2023) “A
memória do cosmo, enquanto meras poeiras das estrelas, também reside em nós não
pela experiência pessoal, mas pelo princípio da hereditariedade universal”.
Desta feita a hereditariedade universal compreende o reservatório psíquico dos
princípios universais que a arquitetam e a regem.
Mas como a lei da atração e o
inconsciente coletivo superior se interligam e dialogam? É possível realmente estabelecer uma linha
comparativa entre estas linhas de pensamento? Se os arquétipos de conteúdo
universal se fazem armazenados em nosso inconsciente coletivo significa que
poderemos pela lei da atração acessar os melhores arquétipos condizentes com a
nossa realização enquanto pessoas? Significa entender que o nosso inconsciente
enquanto reservatório de uma força e de uma pluralidade de informações
infinitas compreende em sua essência uma fonte inesgotável e que será o mesmo
que dizer que dentro em nós mesmos já temos a resposta. A resposta para todos
os nossos conflitos e indagações. Quando Sócrates determina que “Conhece-te a
ti mesmo e conhecerás o universo” nos oferta a visão de que o conhecimento do
universo, assim como postula o ICS, está contido em nós mesmos, em nosso
inconsciente coletivo superior. O ICS se
faz esse reservatório. Compreendendo, pois, os funcionamentos da lei da
atração, no exercício daquilo o que é comumente entendido por fé: fé na vida e
em nós mesmos. Na livre otimização da esperança, da positividade e na associação
dos melhores arquétipos estaremos reacendo em nós mesmos chamas latentes de um
saber infinito e já existente. A dimensão é cósmica, é universal. O cosmo e o
eu infinitamente conectados. Infinitamente coexistentes. É uma dimensão
profunda e singular. Entender tal perspectiva nos coloca em mesma via de
progressão universal: infinita expansão. Assim como nos legou a teoria da
relatividade de Einstein por sobre a infinita expansão do universo. Um universo
eterno em si e expandindo-se infinitamente. É evidente que tal visão nos tira
da confortável zona de conforto com a qual nos prende a maioria das conversões
religiosas. Mas não é de religião que falaremos aqui.
Platão, importante filosofo da
Grécia antiga, nos convida a mover o mundo, sendo outrossim necessário mover a
si mesmo, mover o próprio mundo, o próprio universo interior. E que a força
condutora para tal movimento seja a própria fé, a vontade de potência
preconizada por Nietzche. A lei da atração, todavia, diz sobre essa vontade de
potência nietzschiana, essa fé crística, essa positividade atracional. Com
concernência infere Buda que “A lei da mente é implacável. O que você pensa,
você cria; O que você sente, você atrai; O que você acredita torna-se
realidade”. Dialoga diretamente com esta verdade Joseph Murphy ao proferir que “em
sua mente mais profunda estão a sabedoria infinita e o poder infinito”. Que
possamos entender que o campo enérgico de nossos pensamentos é composto por
vibrações; vibrações estas que possuem início em uma base física que é a
própria rede neural. Assim, partindo desta atividade elétrica entre neurônios
que acontece no córtex cerebral as células cerebrais, ou seja, os próprios
neurônios diferem informações entre si que são transmitidas via sinapses
elétricas ou químicas. Importante entender esse ponto: o início dos
pensamentos. Este princípio do nascimento do pensamento explicita de maneira
muito notória o fator hereditário e ainda esclarece as suas funções biológicas
e psíquicas. Fundamentando ainda mais a hipótese do Inconsciente coletivo
superior. Mas esse é assunto pelo qual trataremos com mais polpa em outro momento.
Ao que agora nos compete a
pretensão é tão somente demonstrar as possíveis relações existentes entre o ICS
e a Lei da atração. Dito de uma maneira simplória é possível corroborar que a
primeira versa sobre a nossa hereditariedade universal e a segunda sobre o
poder motivacional que o próprio pensamento possui sobre si mesmo. E quais
seriam, desta feita, seus pontos de diálogo? Em uma visão um tanto sucinta se
faz possível afirmar que o ICS é o grande reservatório de força e de
predisposições latentes oriundas e existentes no interior de cada ser e,
concomitante, a lei da atração na sua perspectiva motivacional dirá sobre a
maneira mais positiva de acessar esse oceano infindável de conhecimento e
energia. Um diz onde e o outro como. E assim se fazem perfeitamente
simbióticos. Onde? Em mim mesmo. Dentro daquilo o que consideramos ser a camada
mais profunda da mente humana: o seu inconsciente coletivo superior. Como? Pelo
pensamento positivo, pela fé e pela automotivação.
Que tenhamos as forças
psíquicas necessárias afim de desbravar os interiores oceanos e os infinitos
universos que nos constituem. Que possamos partir em direção de nós mesmos e
que não nos percamos frente as externidades. Jiddu Krishnamurti corrobora que “o
autoconhecimento é o início da sabedoria”. Importante conhecer a si mesmo,
desbravar seu próprio universo interior. Sendo também, segundo Sócrates, o
único e o maior dos conhecimentos a ser adquirido pelo homem: o conhecimento de
si mesmo. Concluímos, pois, que somos coexistentes ao próprio universo em
infinita expansão e, muito mais que isso, temos em nós mesmos a chave para
acessá-lo e o poder para transformá-lo.
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O princípio de hereditariedade universal