Como o título IndignAÇÃO, o livro de provocações filosóficas do escritor Marcio Martins será a segunda obra literária publicada por um cidadão canapiense e a primeira de um morador da terra.
Por: Redação
Depois do médico, poeta e escritor canapiense José Alberes, hoje, residente em Brasília/DF, chegou à vez do blogueiro/jornalista, palestrante e agora escritor Marcio Martins, lançar seu primeiro livro, não por menos, a segunda obra literária publicada por um cidadão canapiense e a primeira de um morador da terra.
De acordo com o autor, a idéia da criação e publicação deste seu primeiro livro, surgiu da necessidade de estimular cada vez mais pessoas a sair do comodismo e abolir o individualismo, sempre procurando fazer a diferença em sociedade seja no âmbito político, social e ou religioso, pois para o escritor, não estamos nesta vida a passeio e nossa existência tem um propósito e uma missão.
E é neste contexto que nasceu o título IndignAÇÃO - Pare... Pense... Reflita... Aja! reconhecendo entre outras coisas, que é hipocrisia a indignação dos que se calam diante das injustiças do mundo e o quanto é fundamental compreender que mesmo na correria do dia a dia precisamos parar para pensar sobre o que estamos fazendo das nossas vidas e assim refletir o porquê reclamamos tanto e não agimos para mudar o que achamos injusto.
Apesar de todo engajamento do autor canapiense, engana-se quem acha que sua maior dificuldade foi organizar suas idéias, opiniões e pensamentos em um livro, isso porque o processo de edição de um livro independente é bastante burocrático e custa caro, talvez esse seja um dos motivos que explique o porquê em 55 anos de história, apenas um canapiense tenha “ousado” ou “tido condições” de publicar um livro, ainda sim, fora da sua terra natal quando já estabelecido profissionalmente no exercício da medicina na capital do país.
Mas é depois de escrito que começa a labuta para a publicação de um livro, pois o conteúdo da obra deve ser submetido a avaliações de diferentes críticos literários e de profissionais graduados com reconhecimento e prestigio social que aceitem prefaciar o livro. Deste ponto em diante começam as despesas, primeiramente com o custo da revisão ortográfica por um profissional devidamente gabaritado, o que em média pode custar entre R$: 1.500,00 (Mil e quinhentos reais) e 2.000,00 (Dois mil reais), mesmo valor cobrado pelo *editor – profissional que tem a atribuição de ler em primeira mão os textos dos autores prestes a publicar seus manuscritos, avaliar o conteúdo literário da obra, sugerir modificações, harmonizar as pretensões do escritor e as da editora, além de acompanhar o processo de diagramação da obra antes da impressão pela gráfica responsável.
Além dos custos de edição, toda despesa necessária para dar vida ao livro se eleva com o custo do código de barras, do registro ISBN – Internacional Standard Book Number, algo em torno R$: 350,00 (Trezentos e cinquenta reais) e da gráfica, que varia significativamente de preço a depender da quantidade de exemplares solicitados, o que no caso do livro IndignAÇÃO, atingiu o valor de R$: 8.000,00 (Oito mil reais), totalizando aproximadamente um custo de R$: 12.000,00 (Doze mil reais) para o escritor canapiense, já somada às despesas com deslocamento e alimentação ao município de Arapiraca onde fica localizada a sede da Gráfica e Editora, bem como o escritório do editor Cláudio Olímpio, que neste caso, preside a ACALA – Academia Arapiraquense de Letras e Artes.
Pois bem; como pode ser observada, a publicação de um livro chega a ser inviável para quem está desempregado ou até mesmo para quem possui uma renda suficiente apenas para suprir as necessidades básicas de uma família. É neste momento que a busca por patrocinadores, ou melhor, apoiadores culturais, sem torna imprescindível. E foi justamente com este foco que o escritor canapiense, se engajou em apresentar seu trabalho, conseguindo junto a amigos, familiares, comerciantes e empresários, levantar boa parte dos custos para a publicação do seu primeiro livro junto as seguintes instituições, amigos e conhecidos: Terra do Carro de Boi – Inhapi/AL / Blog Canapi Agora / SSPMMG – Sindicato dos Servidores Públicos do Município de Mata Grande/AL / Associação Cultural e Social de Canapi – Org: Eduardo Bulhões / SISP – Sindicato dos Servidores Públicos de Inhapi/AL / STTR – Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais de Canapi/AL / Escola de Educação Básica Tindolêle – Inhapi/AL / Martins Refeições / Saulo Transportes – Maceió/Canapi / ASTE S.B CURSOS / / Drª Aritana Barbosa – Advogada / Zé Hermes / Clecinho Inovari / Damário Nunes / Rosilma Martins / Roseane Martins. Outro apoio não menos importante veio da acadêmica Agenilda Damasceno (Mana) que por indicação do Médico, Poeta e Escritor José Alberes trabalhou gratuitamente na correção ortográfica da obra. Vale salientar que Dr. José Alberes juntamente com o psicopedagogo e atual Secretário Municipal de Educação de Canapi/AL Luiz Vieira prefaciam a obra.
Além destes apoiadores, outro apoio fundamental veio da Prefeitura Municipal de Canapi que através da Secretaria Municipal de Cultura, contribuiu com R$: 4.000,00 (Quatro mil reais) de incentivo a cultura, através da Lei municipal nº 148 de 05 de Setembro de 2017 que dispõe sobre a destinação e o recebimento de patrocínio pela Prefeitura Municipal.
Muito embora o processo de liberação do patrocínio do município para a publicação do livro tenha chegado há quase 90 dias, para Marcio Martins valeu à pena procurar na lei, incentivo para publicação da sua obra, principalmente, porque diferente de outros tempos onde patrocínio do setor público em Canapi era liberado apenas mediante acordos e negociatas politiqueiras, desta vez prevaleceu o direito do cidadão canapiense que com seu trabalho contribui social e culturalmente para o desenvolvimento do município. Além do que, abre espaço para que outros cidadãos canapienses também tenham acesso a este direito, principalmente os novos e futuros escritores da terra.
Ainda não há data para o lançamento do livro, porém finalizado todo este processo de levantamento de recursos para publicação do mesmo, sua edição já é uma realidade, que deve acontecer assim que a gráfica concluir o processo de impressão.