14/12/2013

Sem água a mais de 30 dias, moradores de Inhapi se revoltam com cobranças da CASAL.

Agricultora chegou a devolver cobrança absurda de 75,00 por nenhuma gota de água.

Por: Redação
Créditos: Central do Sertão

Como se já não bastasse a seca prolongada que vem afetando toda a região nordeste, a população do município de Inhapi agora sofre com outro problema, a mais de 30 dias não chega uma única gota de água na casa dos inhapienses, ao contrário das cobranças que não param de chegar.

Nossa equipe de reportagem percorreu algumas ruas da cidade e conversou com vários moradores que indignados fizeram questão de dar seu depoimento. Nossa primeira parada foi na Rua Antônio Gomes de Andrade onde conversamos com os agricultores, José Elton (30) e José Ferreira (60) que a mais de 30 dias estão comprando água de tambor a preços que variam entre 7,00 (sete) e 10,00 (dez) reais e que mau dá para dois dias, uma despesa a mais que leva parte do orçamento familiar obrigando os moradores a decidir rotineiramente se compram "água ou comida".

Em algumas residências onde o consumo é maior, os moradores optaram pela compra de caminhões pipas que transportam água do canal do sertão ao elevado custo de 150,00 reais, foi o que fez o senhor Zé Menezes já pensando no que irá fazer quando a água acabar, visto que não tem condições financeiras de continuar comprando todos os meses ao mesmo tempo em que paga pelo que não consome, pois apesar de não chegar água as cobranças não param. E foi com uma dessas cobranças em mãos que encontramos Dona Mariquinha de 53 anos, moradora da Rua João Antônio dos Santos numa situação ainda mais absurda, pois acreditem se quiser, mesmo sem receber uma única gota de água nos últimos 30 dias a agricultora se deparou com uma cobrança de 75,00 reais, valor muito superior a taxa de 22,00 reais cobrada por um consumo de até 10 metros de água ou 10 mil litros, o mais interessante é que somados todos os reservatórios existentes na casa da agricultora a capacidade de armazenamento não passa dos 9 mil litros, quantidade muito abaixo da média. Indignada Dona Mariquinha devolveu a conta no posto local de atendimento da empresa responsável pelo abastecimento a (CASAL - Companhia de Abastecimento e Saneamento de Alagoas) .

Além das duas ruas visitadas por nossa equipe de reportagem, tal situação se alastra por todas as ruas da cidade, inclusive na rua do campo onde mora um dos funcionários da empresa, responsável pela ligação e distribuição da água no município. De acordo com Alex da Casal como é conhecido a empresa alega que o motivo da falta d´água foram as constantes quedas de energia que queimaram um transformador e que tudo voltará ao normal assim que o equipamento for trocado.

Em todo caso, enquanto a empresa adota a morosidade como regra, a população continua sofrendo duplamente com a falta do que há de mais essencial para sobrevivência humana. ÁGUA É VIDA!