Após o abate, criança manuseia faca para tirar o pelo do porco em cima de uma tábua, no chão; cena foi
acompanhada por uma mulher que seria a mãe dela
As crianças que aparecem nos vídeos teriam 13 e 14 anos
e a mãe delas é a mulher que está sentada na calçada,
acompanhando tudo, aparentemente embriagada e com
uma garrafa de cachaça ao lado.
Em um dos vídeos, um jovem utiliza um machado e
golpeia o animal, que já estava se debatendo no chão,
pelo menos duas vezes. O sangue mancha os
paralelepípedos da rua, enquanto outras pessoas acompanham a cena.
Nas imagens, também é possível perceber que um caldeirão está sobre um fogo de lenha, também no chão,
provavelmente com água fervente que seria usada para retirar o pelo do animal, tarefa que já estava sendo feita
por uma das crianças que manuseava uma faca.
A Agência de Defesa e Inspeção Agropecuária de Alagoas (Adeal) informou, por meio de sua assessoria de
comunicação, que ainda não tinha conhecimento do caso. Após assistirem aos vídeos, técnicos da agência
informaram as principais irregularidades da situação: o abate ocorreu com a ausência total de condições
higiênico-sanitárias; sem instrumentos e estrutura especí cos; na ausência de um scal médico veterinário para
acompanhamento do abate e inspeção tanto dos animais ainda vivos como também das carcaças e vísceras; não
utilização de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs); atordoamento realizado inadequadamente com
machado; não realização de jejum hídrico do animal; não emissão de Guia de Trânsito Animal (GTA), entre outras
irregularidades.
POR JOTA SILVA/NARECIO FAGNER