Educadores também estiveram na
Câmara Municipal de Vereadores onde se reuniram em Assembleia. Na ocasião pelo
menos 08 dos 11 vereadores declararam apoio a categoria.
Por: Redação\Marcio Martins
O prefeito Audalio Martins da
Silva Junior do município de Manari no sertão do Estado de Pernambuco tem se
negado a cumprir o reajuste do novo Piso Salarial Nacional do Magistério de
33,24% autorizado pelo Governo Federal desde o mês de Janeiro do corrente ano
(2022), contrariando inclusive, uma recomendação do MPE\PE.
E como se isso já não fosse o
bastante, o gestor chegou ao ponto de no dia 25 de Maio encaminhar um ofício a
comissão do Sindicato dos Professores (SINDUPROM\PE) propondo um reajuste de apenas 16,62%
sem retroativo e com complementação somente em Dezembro, pois de acordo com a
gestão, mesmo sem apresentar nenhum estudo de impacto orçamentário, o reajuste
de 33,24% comprometeria todos os recursos do Fundeb somente com despesas de
pessoal.
Vale ressaltar mais uma vez, que
para garantir o reajuste do piso salarial nacional aos professores, o MEC\ME
publicou a Portaria de Nº 11 estabelecendo os parâmetros referenciais anuais do
Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos
Profissionais da Educação - Fundeb para o exercício de 2022 nas modalidades
Valor Anual por Aluno - VAAF e Valor Anual Total por Aluno - VAAT. Em resumo, o
presidente Jair Bolsonaro só autorizou o reajuste de 33,24% sobre o Piso
Salarial Nacional do Magistério, porque já tinha a garantia do MEC que estados
e municípios receberiam os recursos necessários.
Diante da proposta apresentada
pela gestão municipal para reajuste de 16,62% nos salários dos professores
manarienses, a categoria rejeitou a proposta e através do sindicato
(SINDUPROM\PE), protocolou na última terça-feira (31) uma contraproposta de
33,24% com pagamento retroativo a Janeiro pago de Julho a Novembro, ao tempo em
que convocou para esta quarta-feira (01\06) uma paralização geral das
atividades pedagógicas, somado a um ato público que teve início às 8h da manhã em
frente à Prefeitura Municipal, aliás, dentro das dependências do Poder
Executivo Municipal ocupada pelos educadores que além do reajuste do piso
salarial nacional de 33,24%, reivindicam entre outras ações, a melhoria nas
condições de trabalho da categoria com disponibilidade de material didático
suficiente; fardamento e merenda escolar de qualidade para os estudantes.
Na ocasião da ocupação, uma comissão
de professores e o sindicato da categoria se reuniram com o Secretário e o
Diretor de Ensino, os quais apresentaram uma nova proposta, alterando o
percentual de 16,62% agora em Junho para 20% com restante (13,24%) a ser
reajustado em Dezembro, proposta esta que mais uma vez foi rejeitada pela
categoria, ficando uma reunião de negociação agendada para a próxima
terça-feira (07).
Após a reunião, os professores
deixaram as dependências da prefeitura e se dirigiram até a Câmara Municipal de
Vereadores justamente no dia e horário de sessão ordinária, mas que, porém, por
ausência de pauta a ser discutida, acabou dando lugar para a realização de uma
Assembleia Geral que naquele momento contou com a declaração de apoio à causa
dos 33,24% de pelo menos 08 dos 11 vereadores.