Nota de repúdio
Algumas pessoas tomaram partido em me alcunhar de louco em
razão da espiritualidade e do conjunto de crenças as quais sou tributário. Fato
que expressa demasiado preconceito religioso e um total desconhecimento a respeito
do que seja, de fato, espiritualidade. Cabe a jus de esclarecimento elucidar as
respectivas diferenciações entre estes componentes: religiosidade e
espiritualidade, contudo, deixarei que os empossados da verdade; estes que me
acusam e me difamam do que realmente são os averiguem e os entendam haja visto
que pelas infantis atitudes já demonstraram que não os compreendem.
Defino-me, pois, espiritualista. E, para mim,
não há nenhum problema em mencionar os feitos de Martinho Lutero ou as
iluminadas psicografias de Francisco Cândido Xavier. Recomendar os mantras Budistas
e, com efeito, apontar para a profundíssima psicologia de Sidarta Gautama.
Falar, por exemplo, dos Santos católicos e observar nos mesmos o grandioso
exemplo de fé e de abnegação que legaram a humanidade. Para mim não será
problema nenhum uma conversa informal ou mesmo em divagações mais profundas
mencionar os mistérios do espiritismo ou mesmo de um Arcanjo, de um Exu, um
Orixá, da reencarnação, das profecias de São Malaquias, de Nostradamus, das
Testemunhas de Jeová e seu fabuloso trabalho de hermenêutica teológica, da
doutrina pedagógica e educadora da brasileira e púbere assembleia de Deus; falar
com jus de causa, por exemplo, dos intricados processos que os copistas da
idadedesempenharam sobre aquela que hoje muitos consideram ser a palavra de
Deus, ou seja, a bíblia e ver, de tal forma, que esta acertadamente não se faz uma psicografia do altíssimo, mas um trabalho
coletivo de pessoas que buscam entender os propósitos de Deus através dos meios
de compreensão que possuíam: única e simplesmente isso. Outrossim, irei citá-la
corroborando o precioso brilho de fé que a mesma legou a humanidade. Poderemos
divagar sobre o sincretismo religioso entre os orixás e os santos do
catolicismo e nisso avistarmos o valor histórico e sociocultural dessa relação
e mais um pouco entender que são dois povos usando nomes diferentes para seres
de aproximadas e equivalentes funções espirituais. Me verás mencionar As cinco
vias que levam a Deus ou A suma teológica do portentoso São Tomás de Aquino, As
confissões de Santo Agostinho, o pentateuco kardecista, o trabalho benéfico dos
espíritos André Luiz e Bezerra de Meneses, as devotadas e instrucionais cartas
do Apostolo Paulo, As 7 dimensões espirituais do corpo humano, o Karma, o
Dharma, o Nirvana, o ciclo de Samsara, a simbiose existente entre o homem e a
natureza e tão perfeitamente esclarecida nas religiões chinesas, sobre
Confúcio, Maomé, alcorão. Que tal irmos aos mistérios do Santo sudário de
Cristo ou ao obelisco espiritual que se fizeram os cavaleiros templários?
Passearmos um pouco mais adiante e contemplar os conceitos tão valiosos da
cabala antiga? Que tal buscar entender as diferenciações de cada arcanjo e até
onde eles representam e são o próprio Deus? Poderemos nos aprofundar nos
embates entre fé e razão e em análise profícua compreender que estes nunca
foram opostos e que, na verdade, quando Newton descobre a lei da atração
universal ou quando Einstein elucida a relatividade do tempo; quando Darwin
vislumbra a evolução das espécies ou mesmo quando Grecor Mendel chega aos
conceitos de Genes; ou quando Galileu instituiu a dinâmica dos corpos celestes
e contempla o Sol como centro do universo; estes não estavam indo contra a fé,
mas nos ofertando a verdadeira compreensão a respeito das leis que regem o
universo, a vida, as pessoas, ou seja, as leis de Deus.
Ou seja, são partes constituidoras de um “só
corpo” assim como elucidou Jesus Cristo. E assim eu as entendo e as divulgo e
as ensino. Não propago apologias, mas as indico. As partes religiosas deveriam
constituir importante alicerce para uma maior e melhor compreensão espiritual
entre as pessoas e não serem criadoras de divisões entre os povos. Meu
discurso, desta feita, não é sobre religião, mas sobre a fé: esta que pode ser
encontrada em qualquer destas partes que foram citadas e que objetivam
necessariamente a evolução do ser humano na perspectiva do progresso moral e
espiritual.
Assusta-me o fato de que algumas entre estas
que me acusam são pessoas instruídas e que necessariamente portam compreensão.
Entretanto, quando alicerçam essas atitudes infantis e inreligiosas como sendo
o meu diagnóstico de loucura apenas falam mais de si mesmas e apontam
exatamente para o jardim de infância na qual ainda estão transitando. Aquele
ponto da evolução na qual a nossa animalidade fala mais alto e perdemos
demasiado tempo com competição predatória e a disseminação do preconceito. É
lastimável tudo isso. E o que objetivam com tudo isso é mais lastimável ainda. Eu
não sou nada do que dizem ao meu respeito. Absolutamente nada do que me lançam
correspondem aos meus valores como pessoa e como espiritualista, mas se me
perseguem é por que estou no caminho certo do entendimento da espiritualidade,
pois disse Jesus que os verdadeiros serão perseguidos. Ressalto aqui a minha fé
e afeição especial aos orixás esta que se fez oriunda de atividade mediúnica
que desenvolvi ao lado de minha mãe, Dona Mary, num período de mais de dez
anos. Trabalho necessariamente destinado a caridade. Uma das interrogações que
me faço é onde fé e espiritualidade são sinônimos de loucura? Onde acreditar
que pessoas de diferentes templos religiosos possam se abraçar e abraçar a
mesma espiritualidade pode ser de tal forma divulgado por alguém como sintoma
de doença mental?
Concluo repudiando o trabalho ofensivo e
preconceito dessas pessoas. Pessoas que por mim já são conhecidas e como já
fora dito anteriormente algumas entre estas de nível intelectual reconhecido.
Disse Zaratustra que “há apenas no fraco a necessidade de ofender, de
prejudicar, de ferir e de subjugar os outros para se sentirem melhores e
fortes”. Contemplemos o sol e veremos que o mesmo não está disputando o brilho
com nada e nem ninguém, mas ocupando-se em ser o brilho da própria existência.
Que Deus e a espiritualidade iluminem o coração de todos, abençoem e os limpem
de tantos pensamentos ruins e atitudes por Ele desaprovadas. Que antes de irem
aos templos de vossas crenças sejam o templo do que se propagam acreditar. Deus
é juiz soberano sobre tudo e sobre todas as coisas as quais me vejo envolto,
sobre todas as coisas as quais o meu nome se encontra envolvido, da fé ao
trabalho de minhas criações artísticas e teóricas e é Ele e não os homens quem
decidirá o vencedor.
Ademais um último adendo: enquanto espiritualista meu objetivo é cristianizar as diferentes correntes religiosas no mesmo abraço espiritual. É afirmar que sairemos de diferentes templos religiosos, mas propagaremos o mesmo amor universal. Que o rosário católico não é antagônico ao mantra budista, que osritos candomblecistas não se fazem opostos ao caminho doutrinário Kardecista e que a evangelização assembleiana não é contrária a hermenêutica teológica das testemunhas de Jeová. Que Jesus, Buda, Maomé e outros grandes lideres religiosos não criaram divisões entre os povos, mas estavam imbuídos do apelo universal de os unificarem no mesmo abraço espiritual. E que é possível nos constituímos de todas essas partes “em um só corpo e em um só espírito”, como clareou Jesus Cristo.
Cícero
Felipe
Poeta
e espiritualista
LEIA TAMBÉM!
O processo transmissor do IP, ao IC e ao ICS
Sheila Shew publica seu primeiro trabalho autoral
A coexistência humana no universo e a teoria do Inconsciente Coletivo Superior.
As Aldravias dos e em Palmares
O Inconsciente Coletivo Superior e a Lei da Atração Universal