Por: Marcio Martins
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Ontem eram aliados, hoje se declaram adversários, e amanhã voltam a ser aliados mais uma vez... assim é e sempre foi à política coronelista do sertão, e em meio a tudo isso, o povo brigando para defender quem jamais os defendeu.
Aqui neste sertão infelizmente é comum o homem ser reconhecido pelo que tem $$$, mesmo que seja de forma desonesta e não pelo que é. Quanto mais rico for o político e quando mais caro for o veículo em que ele se exibe, mas querido pelo povo será, pois neste sofrido sertão, infelizmente a frase que as pessoas honestas que decidem entrar na política mais escutam é que “votar em pobre é pedir esmola pra dois”.
Não importa se você é honesto, se tem propostas concretas em beneficio da população, se tem ficha limpa, se tem caráter... Enfim, se não tem dinheiro para comprar a dignidade alheia, ou não souber mentir, enganar e negociar com os eleitores mais “cultos” as velhas promessas de emprego, ao invés de ser a verdadeira opção de mudança para a sociedade, servirá apenas de “chacota” no dia das eleições, quando divulgado o resultado das urnas.
Mas como mudar esta realidade se a omissão e a individualidade reinam entre aqueles que definidos como POVO representam a única via de extinção deste sistema podre de fazer política?
Como mudar esta realidade se quando o político (A) não presta, (B) é colocado em seu lugar, mas quando (B) também se revela imprestável, (A) volta a ser o salvador da pátria?
Como mudar esta realidade se na escola nossas crianças, adolescentes e jovens são doutrinadas a aprender que o homem evoluiu do macaco, mas não devem saber qual a função do prefeito e do vereador, por exemplo?
Precisamos nos livrar das correntes do coronelismo, dizer não aos aproveitadores e aos cruéis cabos eleitorais que vivem a fazer do povo massa de manobra para garantir a “propina deles de cada dia” enquanto ao povo resta as migalhas, os 20 ou 30 reais da fila das humilhações, que há 20 anos, quando nem entendia o que era política via acontecer pelas mãos dos mesmos coronéis que hoje continuam a dizer que ainda são a solução de todos os nossos problemas.
“Política é quase tão excitante quanto à guerra, e quase tão perigosa. Na guerra, você só pode ser morto uma vez, mas, em política, muitas vezes”.
Winston Churchill