Por: Redação\Marcio Martins
E as denúncias não param de chegar a nossa redação com relação à falta de equipamentos e ao tratamento recebido pelos pacientes do Hospital Regional do Alto Sertão (HRAS) em Delmiro Gouveia\AL.
Após noticiarmos o caso da Dona Eunicia de 74 anos internada há 11 dias a espera de transferência para realização de uma cirurgia no ombro dias depois dos médicos do HRAS garantirem a seus familiares que a idosa seria operada no hospital (relembre aqui), um caso ainda mais grave chegou ao conhecimento da nossa equipe de redação.
Uma jovem de 26 anos, que terá aqui sua identidade preservada, moradora do município de Piranhas, localizado a 40 km de Delmiro Gouveia, deu entrada há 11 dias no HRAS com uma fratura no pulso, sendo internada posteriormente para a realização do procedimento cirúrgico que assim como no caso da Dona Eunicia, também teria sido garantido pelo médico, que ambas seriam operadas no próprio HRAS. Acontece que 11 dias se passaram e nenhuma foi para a mesa de cirurgia, Dona Eunicia foi logo informada que seria transferida, já a jovem com o pulso fraturado na noite deste domingo (03), foi orientada a ficar em jejum depois das 22h, pois seriam operadas no dia seguinte, neste caso, nesta segunda-feira (04), pois bem; sem tomar café sem almoçar, às 14h do dia da operação, a paciente foi informada que a cirurgia havia sido cancelada. Inconformada, a jovem entrou em desespero e mesmo com o pulso quebrado da mesma forma como deu entrada há 11 dias no HRAS, a jovem deixou o hospital aos prantos.
Vale lembrar, que a
inauguração da Urgência e Emergência do Hospital Regional do Alto Sertão
aconteceu a menos de um mês justamente com a promessa de que os delmirenses e demais
moradores dos municípios circunvizinhos caso venham a necessitar, não
precisariam mais serem transferidos para outros hospitais do estado, o que infelizmente
não vem ocorrendo. “Esse hospital até aqui só tem servido como cabide de emprego do
ex-governador, funcionando na prática igual a um postinho de povoado apesar da
grandiosidade da sua estrutura” – Criticou o acompanhante de um dos
pacientes a nossa redação.
Ao tomar conhecimento de mais
este caso absurdo de saúde pública, novamente entramos em contato com a Direção
Geral do Hospital para o qual repassamos o nome da jovem e fomos informados que
a direção faria uma sondagem do ocorrido.