A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária)
confirmou a denúncia da presença de pelos de rato no produto Tomato
Ketchup, da marca Heinz. O caso foi denunciado há seis meses pela
Associação de Consumidores Proteste. Após testes, um lote do produto foi
retirado do mercado pela Vigilância Sanitária em São Paulo.
Um
outro lote do produto 2K04, com vencimento em janeiro de 2014,
adquirido no Carrefour Taboão, de São Bernardo do Campo, também estava
contaminado.
Em fevereiro, a Anvisa considerou que as análises foram
feitas por laboratório não oficial. Novos testes foram feitos pelo
Instituto Adolfo Lutz, de Santo André.
A irregularidade foi
detectada pela Proteste no lote 2C30 do produto por exame microscópico
em amostras compradas em supermercado de São Bernardo do Campo, região
metropolitana de São Paulo, no final de 2012.
O produto foi
considerado pela Proteste como impróprio para consumo. Agora a entidade
está pedindo inspeção na indústria Quero Alimentos, importadora e
distribuidora do produto Heinz no Brasil.
Nota da empresa
Quando a denúncia surgiu, a Heinz Brasil informou que não teve a
oportunidade de avaliar o produto ou de validar a precisão do teste do
produto. "Com base em nossos rigorosos programas de qualidade e
segurança temos razões para questionar o teste e não temos nenhuma
evidência de problemas de segurança com o produto", informou a empresa.
Diante
da confirmação da denúncia pela Anvisa, a empresa divulgou nova nota
informando que todos os produtos trazidos para o País são produzidos de
acordo com as normas sanitárias de seus países de origem, bem como
normas internacionais. A empresa acrescentou que os lotes em questão
não estão em circulação e que está analisando os aspectos levantados
pelo caso.
O produto que apresentou problemas de contaminação é de
origem mexicana, fabricado pela Delimex. Por isso a Proteste informou
os resultados das análises à Associação de Consumidores do México.
Em
2005, a entidade havia avaliado 16 marcas de ketchup e identificado
cinco produtos impróprios para consumo. Mas somente após cinco anos
obteve na Justiça autorização para divulgar o resultado dos testes.
Quando saiu a autorização, em 2010, os lotes dos produtos cujas análises
indicaram presença de pelos de roedores, pedaços de penas de ave e
ácaros nas embalagens não estavam mais no mercado.
Fonte:Estadão
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