O juiz da comarca de Água Branca, Kleber Borba Rocha, revogou, na manhã dessa quinta-feira (3), a prisão do vereador Cargilson de Lacerda Bezerra (PCdoB), preso no dia 13 de agosto desse ano, acusado de estupro de vulnerável.
O magistrado reconheceu os
argumentos da defesa do edil, considerando que ele nunca tentou obstruir
o andamento do processo, além de ser réu primário, ter bons
antecedentes, residência fixa, profissão definida e exercer cargo
eletivo no Legislativo Municipal.
O Ministério Público deferiu o
pedido de Habeas Corpus, explicando que o receio de que Cargilson,
estando solto, pudesse influenciar testemunhas, não poderia acontecer,
visto que todas pessoas arroladas ao processo já tinham sido ouvidas.
Uma audiência de instrução e
julgamento em continuação foi marcada pelo juiz para o dia 13 de
novembro desse ano, no fórum daquela comarca.
Nossa reportagem falou com
Cargilson, que já em casa, com sua família, voltou a afirmar que está
sendo vítima de uma armação política, arquitetada por pessoas da
oposição.
O vereador disse ainda que vai
dedicar os próximos dias a seus familiares, mas deve retomar suas
atividades na Câmara de Vereadores, na próxima sessão ordinária.
A prisão
Cargilson Lacerda foi preso e
conduzido para a Delegacia Regional de Delmiro Gouveia, em cumprimento a
um mandado de prisão, expedido pelo juiz da comarca de Água Branca,
Kleber Borba Rocha, após um pedido do Ministério Público Estadual
(MPE/AL).
O promotor da comarca daquele
município, Bolíva Cruz, por meio da assessoria do MPE, informou que o
crime ocorreu em 2011, mas somente em 2013 chegou ao conhecimento da
instituição. Cruz disse ainda que durante a investigação do caso, alguns
indícios apontaram a participação do vereador, o que originou a
denúncia.
O crime teria sido praticado contra
uma menor de 13 anos, hoje com 15. A denúncia sobre o crime chegou ao
conhecimento das autoridades, após uma ligação feita por uma testemunha
através do disque denúncia dos direitos humanos.
Preso em Delmiro, Cargilson negou
ter envolvimento com as acusações e alegou que a prisão é fruto de uma
perseguição política conduzida por dois vereadores da oposição. O
vereador é o líder do governo na Câmara Municipal.
Segundo o parlamentar, a denúncia
feita pela menor é infundada. “Eles descobriram esse processo e de
maneira covarde estão querendo colocar esse assunto de novo nas ruas”,
assegurou.
Com informações do CadaMinuto