04/10/2013

Justiça manda soltar vereador por Água Branca acusado de estupro de vulnerável

O juiz da comarca de Água Branca, Kleber Borba Rocha, revogou, na manhã dessa quinta-feira (3), a prisão do vereador Cargilson de Lacerda Bezerra (PCdoB), preso no dia 13 de agosto desse ano, acusado de estupro de vulnerável.

O magistrado reconheceu os argumentos da defesa do edil, considerando que ele nunca tentou obstruir o andamento do processo, além de ser réu primário, ter bons antecedentes, residência fixa, profissão definida e exercer cargo eletivo no Legislativo Municipal.

O Ministério Público deferiu o pedido de Habeas Corpus, explicando que o receio de que Cargilson, estando solto, pudesse influenciar testemunhas, não poderia acontecer, visto que todas pessoas arroladas ao processo já tinham sido ouvidas.

Uma audiência de instrução e julgamento em continuação foi marcada pelo juiz para o dia 13 de novembro desse ano, no fórum daquela comarca.

Nossa reportagem falou com Cargilson, que já em casa, com sua família, voltou a afirmar que está sendo vítima de uma armação política, arquitetada por pessoas da oposição.

O vereador disse ainda que vai dedicar os próximos dias a seus familiares, mas deve retomar suas atividades na Câmara de Vereadores, na próxima sessão ordinária.

A prisão
Cargilson Lacerda foi preso e conduzido para a Delegacia Regional de Delmiro Gouveia, em cumprimento a um mandado de prisão, expedido pelo juiz da comarca de Água Branca, Kleber Borba Rocha, após um pedido do Ministério Público Estadual (MPE/AL).

O promotor da comarca daquele município, Bolíva Cruz, por meio da assessoria do MPE, informou que o crime ocorreu em 2011, mas somente em 2013 chegou ao conhecimento da instituição. Cruz disse ainda que durante a investigação do caso, alguns indícios apontaram a participação do vereador, o que originou a denúncia.

O crime teria sido praticado contra uma menor de 13 anos, hoje com 15. A denúncia sobre o crime chegou ao conhecimento das autoridades, após uma ligação feita por uma testemunha através do disque denúncia dos direitos humanos.

Preso em Delmiro, Cargilson negou ter envolvimento com as acusações e alegou que a prisão é fruto de uma perseguição política conduzida por dois vereadores da oposição. O vereador é o líder do governo na Câmara Municipal.

Segundo o parlamentar, a denúncia feita pela menor é infundada. “Eles descobriram esse processo e de maneira covarde estão querendo colocar esse assunto de novo nas ruas”, assegurou.
Com informações do CadaMinuto