
Em 2014, ao final das eleições, já
estavam claros todos os ingredientes da crise que cercava o segundo
mandato da petista: o escândalo do petrolão atingia em cheio o governo e
o PT e a economia encolhia enquanto a inflação aumentava. Passado um
ano da eleição, a desastrosa articulação política da presidente resultou
ainda em uma rebelião da base no Congresso. Diante desse cenário e com
suas contas rejeitadas pelo TCU, Dilma enfrenta uma crise política sem
precedentes. Enquanto luta para se manter no cargo, a presidente tem de
administrar um país muito diferente daquele que apresentou na campanha.
Confira a lista com as 7 promessas ‘furadas’
Inflação sob controle
Durante o último debate presidencial
antes das eleições, Dilma afirmou que, se reeleita, faria um governo
muito melhor, principalmente no controle da inflação. “É meu
compromisso”, bradou. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo
(IPCA) acumulado de janeiro a setembro chegou a 7,64%, maior patamar
desde 2003.
Minha Casa, Minha Vida
Em promessa feita em outubro de 2014 – e
reforçada em janeiro de 2015 –, Dilma disse que disponibilizaria 3
milhões de moradias na terceira fase do programa Minha Casa Minha Vida.
Segundo o ministro do Planejamento, Nelson Barbosa, porém, o programa
vai andar em ritmo mais devagar que o prometido – e só terá início após a
aprovação do Orçamento de 2016 pelo Congresso Nacional.
Crescimento econômico
“Promoverei com urgência ações na
economia para retomarmos nosso nível de crescimento e continuarmos
crescendo nos níveis de emprego”, afirmou a presidente-candidata. Dilma
frequentemente afirmava que seu governo teria como principal meta
colocar o país de volta na “rota do crescimento”. Em 2015, a taxa de
desemprego atingiu o maior patamar da série histórica: 8,3% em setembro,
segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
(IBGE). Em agosto, o país entrou oficialmente em recessão após
confirmada a queda de 1,9% no Produto Interno Bruto do segundo
trimestre.
Bombou
“É absurda a previsão de que o Brasil
vai explodir em 2015. É um país estável, economicamente forte, uma
economia sólida, um baita agronegócio. O Brasil vai bombar”, afirmou a
presidente Dilma Rousseff em entrevista no ano passado. Diante das
graves crises política e econômica que o país enfrenta, Dilma não estava
completamente errada: o Brasil se tornou uma ‘bomba’.
Impostos

“Quem fala em tarifaço está mal
intencionado. Não sei o que estão querendo fazer”, disse a presidente em
setembro de 2014. Em menos de um ano de mandato poém, os preços da
gasolina, do botijão de gás e das refeições externas aumentaram e
emourraram os índices de inflação. Além disso, o rombo nas contas do
governo fez com que a volta da CPMF voltasse a ser pleiteada pelo
Planalto.
Lula e uma certeza
“Tenho certeza que o Lula me apoia neste
exato instante”, afirmou a presidente em 6 de maio de 2014, em jantar
com um grupo de mulheres jornalistas no Palácio da Alvorada. Com o
agravamento da crise política, Lula se tornou um dos principais
opositores do governo – e não se furta a cobrar a demissão de ministros.
Um de seus alvos preferenciais é o titular da Fazenda, Joaquim Levy.
‘Nem que a vaca tussa’

Na campanha do medo contra a adversária
Marina Silva, Dilma insinuou que a ex-ministra pretendia até alterar a
legislação trabalhista. “Tem coisas que eu não concordo, como mexer nos
direitos do trabalhador. Não mexo nos direitos trabalhistas nem que a
vaca tussa”, afirmou a petista. Passados apenas dois meses das eleições,
foram cortados 18 bilhões de reais em benefícios ao trabalhador. O
tempo de trabalho para requerer o seguro-desemprego passou de um para
seis meses. O governo também tornou a remuneração do benefício
proporcional ao tempo de contribuição – antes, o valor era fixado em um
salário mínimo –, além de ter aumentado o prazo do pagamento do
auxílio-doença e colocado maiores restrições na requisição de pensão por
morte.
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Fonte: Veja