22/01/2019

Com vitória no TJ/AL, Erivaldo Mandu conquista a oportunidade de mudar a história de Mata Grande ou manter acesa a chama da velha política coronelista sertaneja.


Autonomia governamental para com a Família Brandão e o fim do famoso “mensalinho”, prática corrupta usada garantir a subserviência do legislativo municipal, darão novo fôlego ao gestor para com o uso dos recursos públicos que antes escoriam pelo ralo da corrupção, sem sua conveniência conforme entendimento do tribunal.

Por: Marcio Martins
Crédito: Ascom

O prefeito de Mata Grande, Erivaldo Mandu agora já pode respirar aliviado das acusações que no final de Dezembro/2017 resultaram em sua prisão e afastamento do cargo em decorrência de uma ação do MPE que apontou o gestor como chefe de uma organização criminosa criada para comprar o silêncio e o apoio da maioria dos vereadores eleitos num esquema de corrupção que ficou conhecido como “mensalinho matagrandense”. A prova do crime seria um vídeo onde o prefeito Erivaldo Mandu aparece supostamente intermediando o pagamento de propina aos vereadores. Vídeo este, que motivou a prisão e o afastamento do gestor do comando da Prefeitura Municipal por 03 (três) meses, até que em Abril/2018, por 06 votos a 03, o Tribunal de Justiça de Alagoas – TJ/AL determinou o retorno imediato do gestor ao cargo para qual foi eleito nas ultimas eleições municipais em 2016, porém, mantendo 03 vereadores afastados e afastando outros três meses depois, também por participação no esquema.

Ao tomar conhecimento da decisão do pleno do TJ/AL, o MPE – Ministério Público Estadual recorreu e nesta segunda-feira (22) o recurso entrou em pauta e por 09 votos a 04 o pleno decidiu pela improcedência da ação mantendo o gestor no cargo por entender conforme a alegação principal da defesa, que houve manipulação no vídeo com objetivo de incriminar o prefeito.

Livre da acusação e com seus principais “hoje” opositores presos; Jacob e Júlio Brandão, respectivamente (Ex-prefeito e ex-presidente da Câmara de Mata Grande), Erivaldo Mandu agora tem a chance de mudar a história de Mata Grande, afinal de contas, o gestor firma de vez sua autonomia governamental frente aos acordos políticos que pesavam sobre sua gestão para com a família Brandão, bem como do velho e encapado “toma lá dá cá” envolvendo os poderes Executivo e Legislativo, isso dará um novo fôlego ao gestor para com o uso dos recursos públicos que antes escoriam pelo ralo da corrupção sem sua conveniência conforme entendimento do tribunal. Mas, as velhas práticas coronelistas da política sertaneja ainda dominam o cenário político no “Triângulo das Bermudas”, resta saber se o prefeito Erivaldo Mandu está disposto a governar para e com o povo e não sobre o povo.