Esta é uma pergunta um tanto quanto óbvia, porém, sua resposta é quase impossível de ser comprovada, e justamente por isso qualquer um que declare publicamente que político “X” foi eleito gastando milhares de reais estará sujeito a responder judicialmente, afinal de contas, quem compra voto não passa recibo e quem vende não entrega o comprador porque se torna cúmplice do mesmo crime. Todavia, não podemos e nem devemos ignorar o fato de que o abuso do poder econômico/financeiro da classe política (dada às exceções) tem sido um fator determinante no resultado das eleições, principalmente nos pequenos municípios onde a maioria dos mandatários do poder governam como se a prefeitura fosse propriedade particular e o território municipal seu curral eleitoral, e que tem quase todos os vereadores, os ditos “fiscais do povo”, como cúmplices dos seus mandos e desmandos, que sugam os cofres das prefeituras, luxando a custa da miséria de seu povo.
Portanto, é comum em cidades de até 30 mil habitantes, ouvir seus munícipes ao comentar sobre o resultado das eleições, dizer que o mandato do vereador “fulano” e do prefeito “cicrano” custou milhares e milhões de reais respectivamente. E ai é onde está o X da questão, pois essas cifras financeiras astronômicas não aparecem na prestação de contas dos candidatos junto a Justiça Eleitoral. Sabe por quê? Porque vai tudo para a famigerada compra de votos, ou seja, para a corrupção. E sendo assim, sem declarar os gastos da compra de votos, tem candidato com contas zeradas, aprovadas pela Justiça Eleitoral. Isso mesmo que você leu! Candidatos que declararam ter vencido as eleições sem gastar um só real ou gastos completamente irrisórios.
Servidores fantasmas vagueiam impunemente pelas prefeituras do sertão.
Omar Aziz e Renan Calheiros decretam que no Brasil é o rabo que tem que abanar o cachorro.