12/05/2022

[VÍDEO] Vereadores de oposição em Mata Grande discursam em favor dos servidores da educação, mas na hora de votar, se unem aos aliados do governo e votam contra a categoria.

 

Sob vaias e protestos, novo Plano de Carreira que retira direitos dos servidores da educação foi aprovado por unanimidade entre 10 dos 11 vereadores presentes. Parlamentares oposicionistas alegam que a matéria foi aprovada sem que desse tempo de se manifestar e que irão pedir para retirar o voto favorável da ata na próxima sessão. 

Por: Redação\Marcio Martins 

Quem assistiu presencialmente a sessão ordinária da Câmara Municipal de Vereadores de Mata Grande realizada na última terça-feira (10), ficou surpreso com a divulgação de uma vídeo nas redes sociais o qual registra o momento em que o novo PCCR – Plano de Carreira, Cargos e Remuneração é colocado em votação e aprovado por UNANIMIDADE entre os 10 vereadores presentes, a exceção do vereador Zé Jorge que não compareceu a sessão, e, que, portanto, foi o único vereador que não registrou sua digital como INIMIGO dos servidores públicos da educação, diante do que já é considerado pela categoria, por especialistas, e por seu sindicato, o maior ataque aos direitos da categoria já registrado na história da educação matagrandense (relembre aqui). 

Acontece que, após a discussão do projeto e os pronunciamentos na tribuna, a votação ocorreu em duas votações seguidas em 1º e 2º turno. Ao que o presidente da Câmara, o Vereador Rodolfo Izidoro, fez a leitura do enunciado do projeto para votação em 1º turno, o PCCR foi colocou em votação com o presidente pedindo aos seus pares que os que fossem favoráveis aos projetos permanecessem como estavam, ou seja, sentados. Foi exatamente nesta hora, que os três vereadores de oposição que haviam se posicionado contra o projeto deveriam ter se levantado contra o projeto, porém, apenas a vereador Silvana Lou ainda tentou se levantar, mas sentou novamente e silenciou, deste modo, o presidente anunciou sua aprovação por unanimidade em 1º turno, mas uma vez sem que nenhum vereador questionasse a rapidez da aprovação. O projeto então seguiu para votação em 2º turno, e mais uma vez os vereadores permaneceram sentados no momento em que o presidente da Câmara pediu que para que os que fossem contra se manifestassem. Não havendo mais nada a tratar o presidente encerrou a sessão. 


Inconformados com a aprovação, mas sem entender que os vereadores de oposição também votaram favoráveis ao “famigerado” PCCR, os servidores presentes à sessão protestaram com palavras de ordem chamando de “ditadura” a forma como se deu o processo de votação.

O QUE DIZEM OS VEREADORES OPOSICIONISTAS 

Em contato com o Jornalista Marcio Martins, os vereadores, apenas a vereadora Silvana Lou até o fechamento desta matéria não havia se manifestado sobre o caso, já a vereador Laís Brandão acusou o presidente Rodolfo Izidoro de ter agido de má fé ao ler a matéria e aprovar rapidamente sem dar tempo de manifestação contrária e que por esse motivo, irá pedir a retirada do voto na próxima sessão, assim como o vereador Wallysson Firmo que enviou a seguinte nota: “Como todos que estavam presentes puderam ver, eu não era a favor de votar os 02 projetos juntos, disse que o correto era fazer um desmembramento e ser votados separados. Votar o aumento e o PCCR ser discutido e ser alterado para não prejudicar os servidores. Já na hora que foi colocado em votação, devido ao tumulto que estava, fiquei sem entender nada, e não tive reação. Foi votado e encerrado automaticamente a sessão. Mais irei procurar as formas legais, dentro da lei, para pedir a retirada do meu voto, como disse bem claro no meu pronunciamento, pois não aceitaria votar os 02 projetos de lei juntos” – Declarou.