Foram 138 homicídios a cada 100 mil habitantes em 2012. Dados são do "Mapa da Violência 2014. Os jovens do Brasil".
De acordo com o secretário de estado da Defesa Social, Diógenes
Tenório, há policiamento nas ruas para combater o crime, mas faltam
políticas públicas em favor dos jovens. O secretário admitiu ter medo da
violência desenfreada no estado. "Essa é a realidade, se você quer
saber. Eu tenho medo que a minha própria família seja vítima de um
negócio desses [crime de homicídio], de perder um dos membros [da
família] porque os marginais estão à solta", revelou o secretário em
entrevista ao Fantástico.
Os estados do Espírito Santo e do Ceará
aparecem como segundo e terceiro estados do país com a maior média de
assassinatos de jovens, mas ainda com um número menor que o registrado
em Alagoas: 101,7 e 94,6 homicídios a cada 100 mil habitantes
respectivamente.
Para Julio Jacobo Waiselfisz, Coordenador da Área de Estudos da
Violência da Faculdade Latino-Americana de Ciências Sociais (FLACSO) e
responsável pelo estudo realizado em parceria com Centro Brasileiro de
Estudos Latino-Americano (Cebela), as taxas de homicídio em Alagoas são
alarmantes. "Não têm equiparação na história do país", revela.
Em maio, uma prévia do estudo havia revelado uma redução de 10,4% no número médio de homicídios entre a população geral
quando comparados os anos de 2011 e 2012. Essa diminuição, entretanto,
não foi capaz de retirar do estado a marca de unidade da federação com a
maior média de assassinatos no país: 64,6 assassinatos a cada 100 mil
habitantes.
O mesmo estudo divulgado há quase um ano mostrou que, em 2011, houve 950 assassinatos de jovens em Alagoas.
O estudo trazia também dados de 2001, quando foram contabilizados 336
assassinatos. A média anual por grupo de 100 mil habitantes aumentou
185,6%, saindo de 54,8%, em 2001, para 156,4% naquele ano.