21/02/2017

As margens dos rios da Babilônia, nós nos sentávamos e chorávamos, lembrando Sal. 137:1


Um dia os assírios dirigidos por Nabucodonozor chegaram a Jerusalém. Destruíram tudo e levaram prisioneiros aos filhos de Israel.

Os anos do exílio foram tristes. Longe de casa, da família e dos amigos, os exilados só tinham duas opções: esquecer definitivamente Israel ou viver em Babilônia, com os olhos fixos em Sião, abrigando o sonho de retornar um dia para o lar.

Um dia também, o inimigo de Deus chegou até a raça humana, destruiu seus sonhos, valores e princípios e a levou escrava ao seu reino, para servir no seu palácio.

A história de Israel é um símbolo da história humana. Como os israelitas, hoje estamos longe do verdadeiro lar. Este mundo cheio de tristeza e angústia, conseqüências naturais da entrada do pecado, não é a nossa casa. Somos estrangeiros e peregrinos vivendo num mundo ao qual Jesus se referiu dizendo: “Este mundo não é o meu reino.”

O salmista disse que enquanto os filhos de Israel viviam em Babilônia, com freqüência, sentavam-se às margens dos rios e choravam de saudade, lembrando-se de Sião, o santo monte, símbolo do governo de Deus.

O perigo que corremos hoje é esquecer que este mundo não é o nosso lar definitivo. Estamos aqui apenas peregrinando, por força das circunstâncias, rumo a casa do Pai. Somos estrangeiros vivendo num país alheio.

O fato de vivermos neste mundo pode levar-nos a contemplar as coisas desta terra, por mais tempo do que o necessário. Deitar raízes profundas é um risco. Lembrar quem somos e de onde viemos determina as nossas escolhas e prioridades.

É verdade que precisamos sobreviver. Trabalhar, estudar, construir uma casa para morar e educar os filhos é parte da nossa existência. Não podemos omitir-nos a essas responsabilidades, mas até que ponto isso tudo está fazendo-nos esquecer de Sião:

Vá hoje cumprir as suas atividades pensando na experiência de Israel, expressada pelo salmista: “As margens dos rios de Babilônia nós nos sentávamos e chorávamos, lembrando-nos de Sião.”

Alejandro Bullón