10/08/2013

Número de mortes por diarreia sobe para 56 em Alagoas

Último boletim da Sesau sobre o surto foi divulgado nesta sexta-feira (9). Palmeira dos Índios possui o maior número de atingidos, com 8.632 casos 
 
Foto: Arquivo/TodoSegundo
O último boletim da Vigilância Epidemiológica estadual sobre a situação da epidemia de diarreia, divulgado pela Secretaria de Estado da Saúde de Alagoas (Sesau) nesta sexta-feira (9), aponta que o número de mortes continua aumentando, apesar da redução de casos registrados e de municípios em surto. Segundo a secretaria, mais duas pessoas foram vítimas da doença, sendo uma criança de 5 meses e uma idosa de 85 anos. Com as novas vítimas, a quantidade de mortos já chega a 56 no estado.

De acordo com o levantamento, nas últimas quatro semanas o número de cidades em epidemia caiu de 25 para 11. Ainda estão em surto Arapiraca, Batalha, Maravilha, Minador do Negrão, Olho D’Água das Flores, Palmeira dos Índios, Pariconha, Rio Largo, Santana do Ipanema, Taquarana e Traipu.

Em 2013, já foram contabilizados 83.441 casos de diarreia no estado, segundo dados da Sesau, quase o dobro do registrado no mesmo período do ano passado, quando a doença atingiu 47.486 alagoanos. O quadro deixou a população amedrontada e os órgãos em alerta.

Segundo a Sesau, as causas da epidemia estão relacionadas às bactérias, vírus e parasitas detectados na água proveniente de fontes alternativas. Por isso, o órgão orienta que a população adote medidas simples de higiene, como lavar as mãos e os alimentos, além de cuidados com a água que será utilizada, a exemplo do uso do hipoclorito e da fervura, nos casos em que ela não for tratada.

 O Ministério Público (MP) de Alagoas chegou a instaurar um inquérito civil para apurar as causas do surto nos municípios de Arapiraca e Craíbas. De acordo com a portaria publicada no Diário Oficial do Estado (DOE) da última terça-feira (6), o secretário estadual de Saúde de Alagoas, Jorge Villas Bôas, e os secretários de saúde dos municípios afetados seriam notificados para fornecerem informações acerca das providências adotadas para resolver o problema.

Histórico


Palmeira dos Índios, na Região Agreste de Alagoas, foi o primeiro município a ser registrado com epidemia pela Secretaria Estadual de Saúde em 19 de maio deste ano. O município também possui o maior número de atingidos, com 8.632 casos.

A Vigilância Sanitária estadual informou que o monitoramento dos casos foi intensificado  e que técnicos da Sesau estão acompanhando os casos nos hospitais e por telefone junto às secretarias municipais. Informou também que materiais para exames laboratoriais estão sendo disponibilizados e rios monitorados por conta da água, principalmente os oriundos de Pernambuco, onde houve registro de cólera no ano passado.

Do G1/AL