09/08/2015

Não basta mudar os rostos é preciso mudar os sobrenomes...

"Faz-se necessário esclarecer que o conteúdo deste artigo não generaliza o problema, pois sabemos nós que os bons políticos também integram o sistema político deste país, bem como sua descendência. Mas em todo caso, aos que fogem a ética e a moralidade a carapuça a de servir"

Por: Marcio Martins
Crédito: Reprodução/Google Imagens

A política precisa de renovação, mas não de uma renovação apenas de fisionomias, mas uma renovação de sobrenomes e principalmente uma renovação total do jeito podre que se faz política neste sertão, a qual infelizmente a maioria dos eleitores tem se acostumado e até contribuído para que assim seja e permaneça.

Por aqui sempre foi assim, quando o atual governante não estava agradando $$$, algumas pessoas “revoltadas” logo apontavam um “salvador da pátria”, mas o pior que, esse dito “salvador” era tão pior quanto o adversário a ser batido, pois geralmente era uma pessoa ou que já havia governado o município, ou ligado a uma das famílias que por muitos anos fez da prefeitura a “cozinha de sua casa”.

O que é difícil de entender, ou até extremamente fácil se for pra ser curto e grosso (o que no momento não serei), é que muita gente continua votando nas mesmas figuras de sempre ao tempo em que acreditam que possa haver renovação, se não do sobrenome, mas do jeito de fazer política, só que o mais curioso é que o jeito de fazer política destes senhores e seus “seguidores” (para não definir de outra forma), foi e sempre será o mesmo, ou seja, comprar a tudo e a todos para se chegar onde quer, e após a vitória nas urnas comemorar a farra que fará com o dinheiro público que reembolsará à “juros exorbitantes” para cobrir as despesas da compra de votos, satisfazer seus “sanguessugas” travestidos de defensores do povo e bancar suas extravagâncias, sobre a incompetência dos senhores da lei.

A renovação parte do principio das garantias que cada eleitor pede ao candidato em troca do voto e que em hipótese alguma podem ser individual, e sim, garantias de ações coletivas de investimentos no desenvolvimento do município. Só que antes mesmo deste compromisso assumido entre eleitor e candidato, o compromisso de uma eleição limpa e honesta deve ser primordial, pois não há e nunca haverá uma gestão comprometida de fato com a população quando esta chega ao poder pagando propina para tomar posse. Portanto, se a postura dos eleitores acostumados com política de cabresto deste sertão não mudar, os políticos é que não irão mudar mesmo, mudam-se apenas os rostos, mas as práticas serão sempre as mesmas, e assim, viveremos escravos do atraso, do abandono e de governantes que governam para meia dúzia, culpa da nossa covardia e individualismo que alimenta a ganância dos que penso eu, que se acham “imortais”que “vivem como se nunca fossem morrer e morrem como se nuca tivessem vivido”... parafraseando (Dalai Lama).