31/05/2013

Suposto “Chupa-cabra” ataca animais em Coité do Nóia

De uma só vez, nove animais foram mortos e tiveram os corpos cortados
 
Foto: 7 Segundos
Os moradores do Sítio Vassouras, zona rural do município de Coité do Nóia, estão intrigados com um mistério. Há pouco mais de duas semanas, nove animais de uma mesma propriedade, foram mortos em uma única noite. Os bodes amanheceram com marcas de mordida nos pescoço e cortes na região da barriga. O dono da casa não ouviu nenhum barulho e rastros não foram encontrados no dia seguinte, por conta da chuva.

A proprietária da casa e comerciante Adriana Aureliana Barbosa de Oliveira, 29 anos, conta que as mortes aconteceram na noite de uma sexta-feira. “Já de manhã, quando minha cunhada veio aqui, ela foi ao quintal e ficou desesperada vendo que os bodes tinham morrido”, afirmou. Ela disse, ainda, que os animais estavam todos espalhados pelo local. Oliveira destacou outro detalhe: dois dos bodes tiveram as orelhas arrancadas. “As orelhas estavam comidas, não tinha pedaço nem nada”, acrescentou.

Alguns moradores acreditam que as mortes podem ter sido causadas por cachorros, mas o dono da propriedade, José Souza Oliveira, 37 anos, descarta essa possibilidade. Ele diz que mora no local há 15 anos e nunca viu nada parecido. Quanto aos cães, ele conta que “não é possível que não tenha ouvido nada”. O comerciante revelou que tem dois cachorros em casa, mas no dia das mortes, eles estavam trancados. “Quando fui ver os bodes, os cachorros ainda estavam presos”, complementou.

Sem saber o que fazer – já que comprou os animais pelo preço de R$ 2.500; valor que ainda não foi quitado -, José falou que foi orientado por vizinhos a acionar a polícia. “Nem os policiais sabiam dizer o que houve. Eles ficaram mais assustados do que a gente”, contou. Em seguida, ele afirmou que depois da ida dos policiais, enterrou os animais na propriedade, todos juntos.

Perguntado se alguém com quem já teve desentendimentos pode ter causado as mortes, o comerciante destaca que no localizada a maioria dos moradores são familiares e que a possibilidade disso é infundada.

Ele, que criava os animais há dois anos, diz que pretende comprar mais, mas está com medo. “Os que sobraram estão todos presos”, lamentou. Dos bodes que sobraram dois – mesmo machucados – ainda sobreviveram; um deles com um corte no pescoço recebe cuidados especiais, já o outro resistiu aos arranhões por apenas três dias.

Casos sucessivos assustam moradores

Após a morte dos nove bodes no sítio de José de Souza, moradores contam que pelo menos outros cinco casos já aconteceram. “Chupa o sangue e tira o fato e o fígado”, diz a agricultora Neusa Maria Cavalcante de Oliveira, que mora na região há 36 anos e afirma estar assustado com a onda de violência contra os animais.

“Não acredito que é cachorro. Deve ser um animal que ninguém sabe quem é. Isso é um bicho precisando de reza.” Essa é a explicação da agricultora para o segundo caso. Segundo ela, um bode foi arrastado de um sítio e foi parar no Alto de Santo Antônio, a uma distância de 1 km. “Também não foi uma raposa, como ela pode carregar um animal de 30 kg?”, questiona Neusa Maria.

Para os moradores, as mortes estão causando medo, já que os registros de animais vítimas das mordidas e cortes estão acontecendo apenas na localidade.

Do 7 Segundos