
. “A vaca estava em
outro pasto, mais longe, e ninguém estava lá. Ela veio andando
normalmente com a mãe. Quando vimos, percebemos que tinha dois crânios”,
relatou.
Há 18 anos na
região onde possui 13 alqueires de terra onde cria vacas leiteiras, a
produtora explicou que, dos quatro olhos da bezerra, dois estão
localizados onde seria a junção das duas estruturas cranianas que se
formaram desde o embrião. Após o primeiro dia eles deixaram de se
movimentar, mas os demais, localizados nas laterais, continuam servindo
muito bem ao animal, que também anda sem dificuldades. “De frente, ela
pode ter essa má formação, mas no resto ela é normal e faz tudo. Ela
mama, mas mama bastante, uns quatro litros de leite por dia. E pelas
duas bocas”, entusiasmou-se a fazendeira, agora empenhada a fazer o
possível para que a filhote viva ao máximo.
Segundo
veterinário, filhotes com este tipo de má formação raramente
resistem,Anomalia Quem divide com Zilda a surpresa pela sobrevivência do
animal é o veterinário Juliano Jonk, que já examinou a filhote e
constatou que ela está 100% sadia. “É muito raro isso acontecer. Ela se
alimenta bem até com as duas bocas, o que é muito interessante, e também
caminha normalmente. Não é a primeira vez que eu vejo, mas todos com
esse tipo de anomalia não costumam resistir. Ela não está sofrendo, está
bem e seus olhos laterais são perfeitos”, informou o veterinário. Ele
esclareceu que a anomalia deste caso é conhecida como diprosopia. Esta
mutação genética, durante a formação do embrião, resulta na duplicidade
da região cefálica e das estruturas faciais. De qualquer modo, a bezerra
já virou foco de atenções da região. Novamente, segundo Zilda Vieira,
dona da propriedade onde a filhote se encontra, desde o nascimento
várias pessoas da comunidade rural têm se deslocado só para ver de perto
o animal, para o qual alguns já estão até escolhendo apelido. Uma das
sugestões é “Fanta”, devido ao nome da vaca que lhe deu à luz: Tubaína.
Por: G1