12/07/2013

Radialista denuncia chefe de agência e auditor do Ministério do Trabalho por abuso de poder.



Funcionários teriam se negado a receber documentação, devido ao radialista ter reclamado o atendimento da agência na SRTE.
O radialista e coordenador do Portal Minuto Sertão, Juvenal Silva, mais conhecido como Jota Silva, acusa de abuso de poder o chefe da agência do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), em Santana do Ipanema, e um auditor fiscal. Os servidores públicos teriam se negado a atendê-lo por ele ter realizado uma reclamação sobre o atendimento da agência junto à Superintendência Regional (SRTE), em Maceió.

Jota Silva
Segundo o profissional de comunicação, na manhã desta quinta-feira (11), ele saiu da cidade de Delmiro Gouveia junto com outro colega de trabalho com destino à agência para entregar alguns documentos referentes à uma solicitação de registro profissional, mas conta que no momento de ser atendido, o chefe regional da unidade do MTE, Cícero Vicente da Silva, recebeu sua documentação, mas em seguida devolveu alegando que não iria realizar o atendimento por não ter competência para tal finalidade e também pelo fato de não ter gostado do radialista ter reclamado do atendimento da agência na SRTE.


Vicente havia explicado que a agência que chefia não tinha obrigação nenhuma de receber o tipo de documentação e que se o radialista quisesse ser atendido procurasse a Superintendência, na capital. Jota Silva esclarece que foi orientado por alguém da Superintendência para procurar aquela agência e essa pessoa garantiu que ele seria atendido sem problema algum.
O radialista relata que enquanto falava com Cícero Vicente, o auditor fiscal do trabalho, identificado como Jamil Mansur Branco, se aproximou deles, pegou sua documentação e disse que a agência não o iria atender, porque o comunicador já teria causado um mal estar em outra ocasião e que se quisesse ser atendido fosse a Maceió.
“O auditor já me atendeu com arrogância e disse que eu pegasse toda papelada e fosse reclamar em uma rádio qualquer, até pediu para que eu gravasse o que ele dizia, pois era auditor do órgão e já tinha decidido que meu amigo e eu não seríamos atendidos e aquilo era definitivo. “Relata Jota Silva.
O radialista ainda conta que a conduta do auditor é questionável, já que segundo ele estava com parte da camisa que trajava desabotoada, beijando as mãos de algumas jovens que estavam aguardando atendimento e durante todo tempo da discussão comia uma maçã.
“O referido auditor e o Cícero foram extremamente mal-educados, uma vez que falaram comigo o tempo todo em pé e em voz alta, causando grande constrangimento ao meu colega e eu, na presença de pelo menos 15 pessoas, além dos demais funcionários.” Disse.
Motivo da confusão
Jota Silva explica que tudo começou quando em maio saiu de Delmiro Gouveia para a agência, em Santana, para entregar a documentação, depois de realizar a solicitação via internet no site do Ministério, mas ao chegar na Unidade foi informado por uma funcionária que não poderia ser atendido, já que o chefe Cícero Vicente estava viajando e somente ele poderia realizar o referido serviço.
O radialista conta que não se conformou com o fato de ter percorrido mais de 100 km, gastando com combustível e perdendo um dia de trabalho, para quando chegar à agência não ser atendido e ligou para a Superintendência.
“Cheguei na agência em um horário que correspondia ao expediente de todos funcionários, inclusive do chefe, e não tinha culpa nenhuma se ele estava viajando. Liguei para a Superintendência e reivindiquei o caso, quando uma mulher identificada como Viviane pediu para falar com uma atendente e ordenou que ela me atendesse. Não vi nada demais nisso, senão uma simples reivindicação atendida. Não quero acreditar que esses funcionários estejam pensando que todos têm que amargar suas condutas no exercício de suas funções públicas e ficar calados.” Ironizou o radialista.
O radialista aproveita pata denunciar a precariedade em que funciona aquela agência do Ministério do Trabalho que tem apenas um funcionário do órgão e funciona com servidores cedidos pela prefeitura municipal. Segundo Jota Silva, a Unidade atende toda região e não tem suporte para tal demanda, uma vez que até carimbos estão em falta.
O comunicador diz que vai procurar o superintendente regional do MTE, em Maceió, para formalizar uma reclamação sobre a postura adotada pelo chefe da agência e o auditor fiscal do órgão público.
Resposta da SRTE
Em contato com a Superintendência Regional do Trabalho e Emprego (SRTE), em Alagoas, a chefe da Seção do Trabalho, Renda, Emprego e Economia Solidária da Delegacia Regional do Trabalho, Viviana de Biase de Siqueira Campos Alves, negou que tivesse pedido para o chefe da agência não receber os documentos e explicou que todas as agências do país devem sim receber o tipo de documentação e encaminhar à SRTE.
Quanto ao auditor, a chefe não quis comentar o caso, mas garantiu que a intromissão dele no atendimento da agência foi totalmente desnecessária e orientou ao radialista que procure o superintendente regional do MTE para registrar a ocorrência.
Por: Minuto Sertão