08/04/2013

Canapi, um município sem identificação e com apenas duas ruas e uma avenida.

Sônia Malta, Dom Pedro II e Av. Joaquim Tête, o restante é tudo rua nova.

Chega a ser revoltante, entra governo e sai governo e Canapi continua sem qualquer tipo de identificação. Nas entradas da cidade não há uma só placa de boas vindas, assim como, em nenhuma das ruas, bairros e avenida. 

Na verdade o município mais parece uma cidade abandonada onde à maioria dos seus moradores não sabem se quer o nome da rua onde moram, já os visitantes que aqui passam com destino a outras cidades vão embora sem ao menos saber o nome da cidade. 

Uma vergonha, um descaso total!

Na gestão anterior chegaram inclusive a aprovar um projeto de lei que nomeava todas as ruas, mas até hoje nunca foi colocado em prática, talvez por esse motivo já este ano, nesta nova legislatura mais uma vez outro projeto de lei de autoria do vereador Urso Biano voltou a Câmara, mas acabou não entrando em votação graças a um pedido de vista feito por um vereador da base aliada do governo.

Para se ter uma ideia da confusão e da dificuldade que é para os moradores fornecerem seus endereços, eu mesmo resido em uma rua com três nomes, Rua do Curral Velho, Rua da Caixa d’água e Rua prefeito José Mariano Sobrinho, daí para não haver imprevistos, quando tenho que fornecer meu endereço, digo que moro na Rua Sônia Malta, ou seja, no endereço da casa dos meus pais. 

E se é difícil pra mim, imaginem para o carteiro e para o oficial de justiça! A sorte, é que a cidade é pequena e quase todo mundo se conhece.

Mesmo assim, se alguém perguntar onde moram os munícipes que não residem na rua Sônia Malta, Dom Pedro II e Av. Joaquim Tête, que são as únicas ruas que realmente todo mundo conhece, mas que também não tem identificação, quase todo mundo vai responder que mora na rua nova.

Agora me digam! 

Quem sabe lá onde pest.. fica a bendita rua nova em que “fulano de tal” mora?

De qual rua nova estão falando? 

E qual o número da casa do individuo se também não tem?

Mas de tudo isso podemos tirar uma lição. Que bom seria se esse fosse o nosso único e grande problema, pois quando o voto vira moeda de troca, o trabalho que realmente importa e que atende a coletividade é deixado de lado e passa a dar lugar a interesses políticos e individualistas daqueles que não estão nem um pouco preocupados, se sua rua é pavimentada, se a saúde e a educação são de qualidade, se a violência e as drogas estão sendo combatidas, enfim, se o município estar se desenvolvendo e se todos estão ganhando com isso, afinal, o que vale é aquele “emprego” intermediado pelos vereadores junto ao prefeito ou até mesmo uma “esmola” dada por eles em troca do voto da família inteira.

Fica aqui o meu desabafo e se você é a favor ou contra, deixe o seu também.
Por: Marcio Martins/Canapi Agora