
Felipe Gabriel tem apenas três meses e luta diariamente para ficar
bem. É com o carinho, amor e cuidado da família que ele está
conseguindo seguir em frente. Apesar de ter três meses, em função das
complicações de saúde, ele só pôde ir para casa há três dias.
O representante comercial e tio da criança Charles Magalhães disse
que a maioria dos familiares estava ansiosa para encontrá-lo.
— Ficaram todos ansiosos, porque nem todos podiam visitá-lo no hospital.
A justificativa para a felicidade é a comprovação de que o pequeno
estava realmente bem. O bebê é especial, nasceu sem os dois braços e se
alimenta por meio de uma sonda. O relatório de alta médica confirma
ainda vários outros problemas de saúde, como pescoço curto, pé torto
congênito e ausência de céu da boca.
Durante os exames, os médicos ainda comprovaram outra má formação ainda mais grave: Felipe Gabriel nasceu sem um dos rins. Foram tantas as complicações que ele ficou internado desde que nasceu no HMIB (Hospital Materno Infantil).
A dona de casa e mãe do bebê, Maria do Carmo Magalhães, disse que o
filho foi transferido para o HRC (Hospital Regional de Ceilândia) e
passou por diversos setores e especialidades médicas.
— Ele ficou um tempo na UTI e depois seguiu para a enfermaria. Saiu
de lá no dia 11 de novembro e precisou de um tratamento especial com a
alimentação.
Para manter a saúde estabilizada, por recomendação médica, a
criança toma remédios líquidos para evitar convulsão e dor por conta da
sonda. Ele também tem alergia a lactose e só pode tomar um tipo de
leite, que custa de R$ 90 a R$ 120.
O valor está pesando no orçamento da família, que sobrevive com
apenas um salário mínimo. A receita nutricional mostra que o ideal é
que o bebê seja alimentado pelo menos oito vezes ao dia.
Além disso, para os médicos, Felipe Gabriel vai ter que esperar até
um ano e meio, aproximadamente, para poder corrigir o problema que tem
no céu da boca. Até lá, a recomendação é que ele fique deitado no
berço com o colchão inclinado para que depois de se alimentar não
engasgue.
Pais não sabiam dos problemas
A mãe de Felipe não soube dos problemas do filho da melhor maneira.
Ela só recebeu notícia quando ele nasceu. No entanto, a dona de casa
achava que estava tudo bem, como mostram várias ecografias feitas
durante a gestação em uma clínica particular. O resultado foi,
inclusive, reafirmado por outros profissionais.
— Sempre achei que estava tudo normal. Os médicos diziam que o bebê
estava, inclusive, com o dedinho na boca. Sempre fui ao médico porque
sentia dores, mas diziam que não era nada além de um deslocamento de
placenta.
Um laudo médico foi feito pela família e deverá dizer os motivos
dos problemas do bebê, mas ainda não tem previsão para ficar pronto.
Para ajudar, os contatos da família são: (61) 8657.4010, (61) 9932.6969 e
(61) 8522.1220.
Fonte: R7